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Virgem não consegue sócias para o clube (COM VÍDEO) ATRÁS DO MURO HÁ GIRASSÓIS DO ESPANTO ? Parece que a Showciedade, a Zarolha, não se cansa mesmo de eleger teorias e teoremas, verbos e adjetivações mirabolantes, nem do uso constante e crescente da partícula apassivadora “se” (quem tanto a repete deixa logo claro que não sabe bulufas ou patavina a respeito do que fala, ou vomita, como se diz). Embora teóricamente esteja ela num patamar de livres dizeres e pensamentos, uma notícia como esta de hoje, 29-04-09, dada pelo jornal português Correio da Manhã, dando conta de que uma moça de 26 anos, Margarida Menezes, ainda é virgem, e que ela há tempos procura outras para fundarem uma espécie de “clube”, não deveria, segundo os melhores preceitos de uma sociedade que se queira avançada em seu respeito, melhor ainda, em sua compreensão da medida exata das contingências do Outro, sempre aqui ‘teóricamente’ dizendo, não deveria causar estranheza, ser motivo de
O QUE SINTO AINDA NÃO FOI PERCEBIDO . AS PORTAS DA PERCEPÇÃO Abre teus olhos os poros todos os membros querem que estejas de bem contigo, Ó bípede ou quadrúpede, eis o contorno do teu mundo dizendo-te que abras os olhos e que outra opção não deves seguir a não ser deixar abertas as portas da percepção. DARLAN ***** OBS .: Há uns 15 dias baixei esta figura que ilustra o meu poema, mas não consigo me lembrar de onde eu a trouxe; caso você saiba, por obséquio, me informe, para que eu dê o devido crédito.
FÓSFORO ENXOFRE VENENO PECADO... CERTOS ENTORNOS ENTORNO Meu colar é para o dia em que a solidez da solidão esbarrar nos próprios tropassos, nos próprios destrossos, não é para qualquer dia, não, talvez eu o solte no dia de reis ainda que mambembes, falidos ou não, do pé e da cabeça doentes, não importa, meu calor tem coisas que nem a mais vã misantropia pode conceber, creia que meu calor eu o confeccionei sempre sob as estrias de uma longa muralha, frio e fome já tinham ficado para trás entre os meus pequenos desejos humanos, sim, eu já era mais que humana mente, meu ofício de ser fosforescente, de ser enxofre e fósforo misturou-se ao ofício dos ofídios, venenosos ou não, liguei-me aos ofídios (mas não ao que as malditas escrituras vem mentindo há séculos, não, não me servem muros de lamentações, virilhas rotas de suratas, não me servem de modo algum, sendo eu o abcesso fechado, o queijo melhor curado, o amistos
FACE A ISTO O maior orgulho do Diabo não é a arquitetura arredondada, abaulada, ovalada e triangular dos seus mil fornos, nem o pronto atendimento a quem chega, a hipnose de suas brasas, a sutileza de suas gozações e o branco de seus dentes e o vermelho impecável de seus cornos, mas sim quem entra pelos seus mil portais, sim, o maior orgulho do Demo são as suas visitas (e não vítimas, pois vieram pra cá porque deus os mandou pra cá, ele diz, eu digo). Sua grande motivação é a de estar por dentro e ter aquilo que todos e todas que com ele vão ter necessitam, ouvir-lhes os suplícios, o medo de camundongos, o temor às ameaças de deus e seus puxa-sacos, sim, sua felicidade é ficar ao lado de quem dele necessite num momento de fragilidade, pois o Capeta tem larga visão, bom garoto, entende de fogos de armistício quanto de fogos de artifício – sendo que destes ele não gosta, pelos artifícios que soltam só enganação. O dicionário do Diabo não poupa elogios às suas visitas (e não vítimas, con
IMAGINÁRIAS Tidos como prelúdios, incidentes acontecem, por falta ou por excesso de mãos abertas, algo assim de se dizer a si, e a outros, que já que não há nada para comer, beba-se o som imaginário de algum alimento do novo paul, é isto: acintes e acidentes moam os lipídios da intransigência, um afago aqui e ali nas vitrinas e logologo os molúsculos recuperam suas vicissitudes – reais e imaginárias. Darlan Arte: Edward Hopper
RODANDO NU COM A LUA Hoje, 10 de março, acordei às 2:50h, e fiquei assim como que flutuando, ainda sem saber direito o que fazer: se me levantava e preparava um café, se ia urinar, se ligava a tv ou se ficava ali numa boa, deitado, vendo a lua cruzar o céu, enquanto inundava meu quarto, rolando chispas e faíscas no chão, no guarda-roupa e sobre mim, como sempre durmo... nu. Minha janela fica sempre aberta, a não ser quando chove. Fiquei ali, pensando belezas e tristezas, lembrando fatos e quase fatos, arrumando a memória um pouco, visualizando os ovos futuristas, cansado de mim, de algo indiviso, de muito, de nada específicamente. Sim, a gente se cansa de algo, embora possa voltar ao seu convívio, uma canção diz que o perdão também se cansa de perdoar. Mas aqui não se trata de perdão, nada disso. O assunto nem existe, para quem esteja na cama, nu com a lua. DARLAN ***** Fotos: ZANASTARDUST e aqui: ZANASTARDUST
ACORDO ORTOGRÁFICO: entraves, dúvidas, opções Recebi hoje o boletim (n° 262) sempre muito esperado por mim e por muitas outras pessoas, no Brasil e no Exterior, que é esta maravilha dedicada à Poesia - de nome POESIA.NET. Devo referir-me ainda ao site Alguma Poesia (Ave, Palavra !), tudo sob orientação de Carlos Machado, incansável. Pois bem, caros, após comentar a boa, límpida poesia de Amélia Alves, ele faz comentário sobre o Acordo Ortográfico sacramentado há pouco, mas com ressalvas de boa parte de quem trabalha com as letras, cotidianamente. Ele nos alerta sobre vários ângulos desta medida que, visando a unificação do idioma português, etc, poderá, por outro lado, gerar muitas dificuldades, por exemplo, quando da substituição do acervo bibliográfico das escolas fundamentais em todo o país. Carlos Machado explica melhor o que penso exatamente; por isso, e por mais, tomo a liberdade de transcrevê-lo: ORTOGRAFIA Enquanto não se definirem com clareza os critérios do novo acordo ortogr
FILHA DO TER, A SUPERSTIÇÃO AVANÇA Novamente tenho um texto meu publicado por esta revista eletrônica, a qual, desde o primeiro número, merece o apreço de muita gente mundo afora (tomei conhecimento dela a partir do número dois). Ela é aberta a qualquer pessoa dos países de língua portuguesa, bem como aos naturais da Espanha e da Argentina. Trata, desde o início, de literatura - poesia e micronarrativa -, mas alargou-se de forma a aceitar fotografias. É uma excelente publicação, onde se pode encontrar bons textos e imagens. Várias vezes dei notícia dela aqui no PALIAVANA4 e noutras páginas minhas. D arlan ***** REVISTA MINGUANTE, nº 13>>>>> Meu texto: http://minguante.com/?num=13&textos=darlan_cunha
O QUE HÁ DENTRO DAS COISAS E DAS PESSOAS ONCINHAS PINTADAS De repente, começou a se lembrar de frutas que conhece e comeu, e de outras tantas as quais não experimentou. E logo lhe veio o verde, pequeno e liso umbu, e então foi a vez do escandaloso amarelo do caju, pronto para deixar suco na boca da gente, ou para ser curtido na cachaça. Sim, logo invadiu o ambiente o caudaloso som de um abacaxi sendo fatiado, lascas de ouro molhado caindo pra todo lado, odor inexcedível que deixa estrangeiros com as pernas bambas (sem falar na caipirinha). Então, foi a vez do sapoti com a sua polpa escandalosa entrar na festa, e com ele veio aquela que é chamada de fruta do amor, o maracujá, típicamente brasilis, e a palpitação foi aumentando com a chegada duma negrinha lustrosa, sestrosa e apetitosa de nome jabuticaba, e então, com inveja, apresentou-se-lhe o róseo escandaloso da manga rosa, peitão doutro mundo, e a coisa pegou fogo de vez quando o abacate entrou na roda, com a sua manteiga; cortando
SEHR SCHÖN FA(R)TURA Os gatos se fecham coçam as rugas da madrugada os cães ao largo de onde mulheres e homens aos milhares e milhões fogem de algo que é seu e muito além de si mesmos, fogem.
DESDE QUE TEMORES & DESTEMORES Aqui a culatra sai pelo que foi e não foi dado. Entenda: por um lugar não usual quando se fala de racionalidade, mas usual quando se fala de sua contrapartida – o que é o comum. A estupidez grassa, medra, está em constante movimento, involui ao evoluir, e isto lembra-me algo assim como o destino das estrelas e galáxias, do universo, ou seja, fadado a se expandir e, depois, a se encolher até desaparecer. Mas será mesmo que a estupidez terá a grandeza de auto avaliação algum dia, ainda que distante este dia, ainda que além lá de anos luz ? DMC Foto:Sarah-Jane Lynch
LÁGRIMA A ORELHA DA DÚVIDA, MAS NENHUMA FÁBULA Fabricar a memória mais com rugidos do que com silêncios, armando a tenda sem que com olhos vendados tenha de vender a mercadoria antes de raspar a salina e tratar-se da anúria. Fustigar a história seja com os raios da bicicleta ou com binômios espúrios ou com as fibras que no chão do mercado dão testemunho de que ali há frutos (gente ?), o típico torvelinho do desperdício, certeza de que o amor é peça singular, testemunho maior do que é parte da memória: a febre. DMC
N de Não, Nada, Nervos, Nós PELO QUE HOUVER DE NOVO NO "VIRÁ" Lembro-me de uma amiga que num natal quebrou seu porquinho e de lá retirou coisa pouca, mas sempre é dindin (quanto terá custado um novo ?), e eu nunca tive um porquinho pra quebrar o pau nele e meter o pau no quanto estivesse lá dentro. Nunca. Pensando bem, talvez ainda seja tempo. Direi a ela e agradecerei pela idéia de se ter um porquinho comedor. Depois, a regurgitação de números.
O BAÚ DE PESSOA O que me importa tal baú, a madeira decrépita de algumas letras ou pensamentos reclusos ? o que podem dizer-me estes comichões que deixam sem dormir os que, por natureza pífia, não dormem ? de que moinhos se fala neste baú, que mais livres de pás (não de ventos) eu mesmo não os construa, e que por isso não tenha eu na minha casa tal vestimenta, mais propícia à decoração do inútil ? Meu nome é “todos os nomes”, dentro dos quais está a sua exclusiva sinonímia que é “nome nenhum”. Nada de heterônimos, apelidos, sujeitos, adjetivos e substantivos sempre prontos a velar (êpa !) um e outro tipo, aferrado a primaveras de baús e verões de mofo; que o resto lhes foi, é e será isto: nada à esquerda das margens de erro, das três partes de um quarto qualquer: chão, teto e paredes. DMC Foto: Stuart.Shone
Demos as costas ao mundo natural, indo de mão em mão, malvazes com a saliva das borboletas e o cantar das sépias e aves, toma comigo outro tipo de andar, bebe comigo até cair na realidade onde os degraus sejam subidos por mim e por ti e por todos, de um a um, devagar e sempre.
JARDIM DA INFÂNCIA AMACIA NO VERDE A TUA VISTA, AMACIA Pisando nas pedras do estádio elas lhe falaram de solidão em grau maiúsculo, e então lembrou-se dos degraus inúmeros e variados dos inumeráveis lugares percorridos, e quase todos eles lhe falaram da solidão absoluta, de sua (dela) robustez e teimosia. E contimuou ali, de pé diante do Nada. Vista... mas há mais por trás do imaginário. dmc
UMAS & OUTRAS CHOCÓLATRAS Creio não ser prudente fazer críticas ao se falar de chocólatras , visto que, sem dúvida, é um suplício abandonar tal unanimidade que os Astecas nos legaram. Cacau é chocolate, é um dos tesouros gastronômicos que o mundo só foi conhecer quando os vários bandos de europeus desembarcaram aqui na América do Sul e Central. E tu deves completar o espanto lembrando-te da batata (patata) e da mandioca (manihot), do milho (maíz) e do tomate (tomato), além da inigualável banana (Musa paradisiaca) e outras iguarias típicas daqui. Comprei uma caixa de chocolates, deixei junto aos livros e me esqueci dela, até que, anteontem, comecei a comer... e comi seis ou sete. Em três dias, adeus. O chocolate é avassalador sobre a superfície e o fundo das pessoas, de qualquer fisiologia, mata a têmpera hormonal e psíquica até de pessoas médicamente impedidas (diabéticos, etc) Não sou chocólatra , a não ser que alguém me dê alguns des
ENTRA DE VEZ NO VOO... E FICA. PEGAR UMA COISA Tenho aqui na minha mesa a parte mais nobre, numa escultura, a cabeça de um homem de olhar hirsuto, seu côncavo pensamento saindo pelas mãos que não aparecem neste trabalho, e fico olhando e pensando sobre com quanta estirpe se faz e se desfaz um nome, ou não: o Homem não resiste ao que o nome aceita. Tenho aqui mais que um ponto de interrogação e algumas contas, mensagens antigas e novas civilizações sobre mim, tementes, perguntando pelo futuro. Poema e foto: DMC Escultura: Amílcar de Castro (Av. Brasil, Belo Horizonte)
Para ti, DARLAN E PARA TODOS OS MÚSICOS DO BRASIL.
ARTE MANHÃ NOS VEIOS DE UMA MINA Há algum tempo, vinda de algum sopro sem eufemismos, vinda sem rancores, com seu hálito que logo o percebi floral, chegou-me uma criatura muito dada a algo raro: aos minerais de uma conversa, e muito mais do que aos minerais, às nuvens de um real afeto, o riso colado a ela, e a tristeza intrínseca às pessoas desta espécie rara – nunca em extinção, mas sempre rara, já antes da invenção de deus e afins. Palavra minha, do demo. É certo que este que lhes fala não se encolhe sob nados sincronizados, e o processo civilizatório (tal como também Darcy Ribeiro o percebia) não o mede exato, não o engana, não o intimida nem, muito menos, lhe dá meio metro de encanto. É, gente quase boa, sou alguém que cunha moedas de ouro e as incrustra com diamante, platina e rubi, além do que, sendo desiguais entre si, não há réplicas. Era uma vez, vez nenhuma aos falsos brilhantes. E já que aqui se fala em arte, em tr