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bumerangue

Os encargos cotidiários pesam, mas a falta deles pesa muito mais. Os fatos e seus entornos, vagina e falo, yin e yang, claro escuro, de contrastes ou de opostos é feito o mundo, junções naturais, e assim se espera que vijam entre os contrários esta noção antiga que qualquer um sabe ou pensa saber. O dia tem quatro partes, tu tens seis paredes, teto e piso também são paredes onde cremar ou não cremar assuntos. Certos assuntos vão e voltam; outros, nunca.   Darlan M Cunha >>> texto Ai Wei Wei >>> arte
La chiquita piconera. Julio Romero de Torres (Esp.) *** Com temp o claro ou no breu, mesmo que não estejas bastando-te a ti mesmo, o sentimento vai por aí, à destra e à sinistra, em círculos, vai a esmo transcendendo a própria proc ura, porque o sentimento é isto que se vê: capaz de em tudo crer, de tudo descrer. poema: Darlan M Cunha
***      Certa vez, quando o amor e o ódio já tinham entrado na poesia e na música, até porque ambos - amor e ódio - nasceram com o Homem, sendo que muita coisa estava e ainda está por ser feita, eu bebia uma cerveja e mastigava uma linguicinha, sossegado, quando me voltou a ideia que havia muito tempo estava comigo, um trabalho que eu estava devendo: escrever algo sobre o Clube da Esquina, um pequeno apanhado sobre algumas canções. Eu estava no Bar da Lolosa, em Rio Acima, MG, um barzinho de bambu, humilde e bom de se estar, e a criançada zanzando pra lá e pra cá, à beira do campinho de futebol, e uma garotinha disse aos amiguinhos e amiguinhas que depois ela ia "lá no Cube (Cube), com os pais". Foi a conta. Minha cabeça estalou, e ali mesmo escrevi oito textos, e voltei depressa para BH. Em uma semana o livro estava pronto. Ficara anos dentro de mim, até que, de repente, explodiu. *** Foto e texto: Darlan M Cunha
Homem infinito. Braga Tepi (1972). * Muitos vão ao contrário pela vida como quem viaja numa poltrona ao contrário num trem, alheio ao fato real ou não de que não há nada anormal por trás de uma porta ou num cérebro, mas algum (fi)asco modula o clima geral. À parte isso, diz a escultura, diz o homem à parte isso, não tenho nenhum sonho nenhuma abstração me comove ; e assim não sendo duna, permaneço firme no mesmo lugar, isento de sonhar. *  poema: Darlan M Cunha imagem encontrada e trazida de Peregrina Cultural   https://peregrinacultural.wordpress.com/
  Tomie Ohtake (1913-2015) O abandono entende o humano, face a face, os minerais de um nos intentos do outro, ambos se entendem, como o predador e o gamo, fazem este comércio de má fama, mantendo-se em si e no outro, ambos dando vazão ao breu, à noite sem pedras com que construírem ponte, e não outro drama. poema: Darlan M Cunha
Iberê Camargo (1914-94) série Ciclistas Montados na aparência de sólidas montanhas, lá vão os ciclistas de toda hora, convergindo sobre sólidos tanto quanto sobre o meio líquido, são mestres mesmo é no conceito nuvens, de onde dão carona aos de visão turva - pouco receptivos -,cientes dos extremos da aldeia ciosa de si, eles pedalam e assobiam, aparência de não serem rudes, estranhos. poema: Darlan M Cunha
  Iberê Camargo .  Espaço com Carretéis. Óleo sobre tela - 100 x 140 cm,   1960 Dervixes, carretéis, piões Os dervixes lembram carretéis em uníssono nalgum ambiente deslizando sua mensagem. Caros à tradição, entram os dançarinos no núcleo de um universo, parece, tão afeito ao transe, que nada mais se concebe possível fora dele, porque são carretéis, redemoinhos, girassóis e também aves e caleidoscópios refletindo as cores e as sensações primárias e secundárias, como se  uma tela fosse pintada ao mesmo tempo em que, carretéis, giram. poema: Darlan M Cunha