Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2013
     Ainda hoje ele diz não ter cometido o ato do qual muitos o acusam, não todos, e assim ele se agarra ao que rediz, certo de que nenhum morador de vereda, sertão, caatinga, restinga, istmo, ilha, pântano ou floresta, ou da metodologia urbana, sujeita a vidro-cegueira, asfalto-surdez e concreto, poderá provar ter praticado o ato que o colocou em evidência judicial, que o colocou no escuro, no ostracismo (palavra antiga exalando conceito sempre revigorado essa palavra é). Há quem veja e ouça o que inexiste, e faz com que acreditem nisso outras pessoas; mas que tipo de crime pode ou não pode, deve ou não deve cometer uma criatura que maneja um livro, que entra e/ou sai pela boca de sua ótica, do conceito de vida que ali naquelas páginas está ? O que pode gente que lê, senão identificar certas poeiras, micoses, razias, a letargia de certos psiquismos, e assim evitá-las ? Basta? Texto: Darlan M Cunha Arte: Brigadefoice , para o Jornal Rascunho.

bala com bala

Bala Com Bala João Bosco A sala cala e o jornal prepara quem está na sala Com pipoca e com bala e o urubu sai voando, manso O tempo corre e o suor escorre, vem alguém de porre Há um corre-corre, e o mocinho chegando, dando. Eu esqueço sempre nesta hora (linda, loura) Minha velha fuga em todo impasse; Eu esqueço sempre nesta hora (linda loura) Quanto me custa dar a outra face. O tapa estala no balacobaco e é bala com bala E fala com fala e o galã se espalhando, dando. No rala-rala quando acaba a bala é faca com faca É rapa com rapa e eu me realizando, bambo. Quando a luz acende é uma tristeza (trapo, presa), Minha coragem muda em cansaço. Toda fita em série que se preza (dizem, reza) Acaba sempre no melhor pedaço. ***** Arte e foto: KAMEL YAHIAOUI