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alto & baixo

Barreiro - BELO HORIZONTE, MG * Todos fogem, querem mudança em sua mesmice, novos degraus com textos e tetos, de um modo ou de outro, sentem que a vida é minuto, frutas murcham depressa, animais logo estão cada vez mais sisudos e mal-humorados, e assim chegam às monstrópoles, às suicidades. * Darlan M Cunha  

<ímã>

A aldeia tem suas travas, e também seus vasos comunicantes, ou veias, a aldeia pulsa igual e diferente todos os dias, igual e diferente, atraindo todos os graus da vontade consciente e da curiosidade, as aldeias transformaram-se em monstrópoles e suicidades, e porque vieram para ficar, elas verão o fim do mundo. Darlan M Cunha  

tetos

                                                                     ***** Debaixo de cada teto, línguas em brasa atam e desatam os dias, a consciência entre paredes se perde da clareza, eis a sopa, o pão, o cão e o gatilho e o infarto, eis a cama e o coma, eis o suor do desespero debaixo dos tetos da aldeia, ora, direis: também há felicidade, sim, há. - Darlan M Cunha  
elmos Quando se tem mais um dia, deve-se empedrar ou liberar a entrada à opção escolhida, testando a casa contra rajadas de medo e ódio sem dar trégua à ditadura do Não, anular o convívio com a incerteza, sem panos quentes, sem sonhar em apreender nada à distância, porque o Homem é isto que se tem ou que se vê: gastos inúteis de energia, o abraço difícil e o beijo insosso a razão pelo ralo levando consigo o dia. ***** DARLAN M CUNHA  
Hospital Eduardo de Menezes - Belo Horizonte / Contagem, MG ***** A solidão se dá conforme o número  de homens e mulheres, intrínseca e intransferível cada qual com a sua - eis a sina da solidão esta solidez que nos abraça sem iludir e assim, bem ou mal medidos, continuamos nossos atritos, quem sabe até nos tornarmos seixos. Foto e texto: Darlan M Cunha
Embed from Getty Images                                                       ***       O silêncio vive condenado aos decibéis dos condomínios, com suas pragas e imprecações, rock, tapas, sexo furtivo pelos corredores, uma anatomia do descaso nos varais improvisados, o mundo do silêncio nos elevadores, enfim, o sono inexistente dos ilustres anônimos - os condônimos. *** Texto: Darlan M Cunha Imagem: Arnd Gewald // GettyImage s
Homem infinito. Braga Tepi (1972). * Muitos vão ao contrário pela vida como quem viaja numa poltrona ao contrário num trem, alheio ao fato real ou não de que não há nada anormal por trás de uma porta ou num cérebro, mas algum (fi)asco modula o clima geral. À parte isso, diz a escultura, diz o homem à parte isso, não tenho nenhum sonho nenhuma abstração me comove ; e assim não sendo duna, permaneço firme no mesmo lugar, isento de sonhar. *  poema: Darlan M Cunha imagem encontrada e trazida de Peregrina Cultural   https://peregrinacultural.wordpress.com/
arroz com bacalhau desfiado *         Muito se diz que peixe morre é pela boca; também se diz que a cavalo dado não se olha os dentes, e que quem conversa muito dá bom dia a cavalo; e tambem se diz que a única coisa certa é a morte. Mas, enquanto esta não dá as caras, nada como prepararmos uns petiscos, lermos alguma coisa, tocarmos um instrumento, viajar - porque, como diz a canção Manuel, o Audaz, viajar é mais .   * Foto e texto: Darlan M Cunha
*        Mensagens com cifras, senhas, máscaras, duplos, sósias, anamorfoses, personas fazendo alusões e previsões, abrindo e fechando gavetas, segredos vendidos, guardados ou vencidos em seu tempo de encantamento, quando não são deixados para o momento mais propício a um escândalo ou à chantagem, sim, tudo isso está no cotidiano, ou não seríamos humanos, caso não inventássemos tais trunfos, essas cartas nas mangas. * Imagem: internet Texto: Darlan M Cunha
  Acerto final  *                 Esta imagem me fez lembrar da canção A flor e o espinho, do Nelson Cavaquinho (1910-86), na qual ele diz "tire o seu sorriso do caminho / que eu quero passar com a minha dor. / Agora pra você eu sou espinho / espinho não machuca a flor / Eu só errei quando juntei minha alma à tua / o sol não pode viver perto da lua." * Texto: Darlan M Cunha Imagem: Centro Psicanalítico (Facebook)