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Mostrando postagens de dezembro, 2010
O AR EM SEU ESTADO NATURAL Aqui está o meu mais novo livro – um misto de pequenas crônicas, vou assim chamá-las, entremeadas com poemas. As pessoas já familiarizadas, ou não, com as emoções do Clube da Esquina, com suas canções, as entrevistas, as fotos, os casos engraçados, terão aqui um pouco de petiscos para saborear, petiscos com os quais assentarem-se à mesa, assim espero. Nada de entrevistas, de fotos. Escrevi o livro com a leveza necessária, leveza de quem percebe que a amizade é gênero de primeira necessidade, devendo estar na mesa de todos, algo de cesta básica, e este sentimento está presente em toda a obra do referido clube, de modo explícito ou subreptício, ou seja, é como está no livro: o que está sendo apreciado no livro é o  "conceito de amizade", e não própriamente a repetição da palavra, do termo, do substantivo amizade. O conceito é o que vale, e é disso que este modesto livro trata, sem pretender nem mesmo de longe esgotar o assunto. Amigo é coisa pra
ESCREVER LIVRO NÃO BASTA Vai, Joana, mete ação nestes degraus por onde suba, mais que o calor de uma costura entre vândalos, suba o desejo  de morte, vai e explica para a morte, Ana, coisas da vida, bota ação  no mundo, ação de formigas no retângulo sobre o qual mulheres e homens perdem a trilha da Razão como se camaleoa e camaleão de nova estirpe fossem ambos. Bota frege nessa vida, Mariana, desanca o dia e martela a noite, beija a boca do palhaço, Eliana, entra na espiral do meu espanto. Foto e texto: Darlan M Cunha
MANCHA NA PAREDE, RISCOS NA VIDA O coração é lar vazio, bar em cujo balcão debruça-se uma só pessoa com um eco de solidão perpassando a tarde, ao longe, o mar (vive longe o mar), mais ecos misturam-se às pedras e espinhos, às vezes, ir é mesmo o melhor remédio, por caminhos com ou sem escadas, com ou sem repto maior, o coração pede passagem entre os enfeitados, vestir os nus é preciso, mas a praça tem algo a dizer: logo será noite outra vez, o bar vai fechar, e a igreja contará seus créditos de almas perdidas, pois é, pra quê almas fendidas ? (saiu do nada, da dor fingida / caiu na estrada, subiu na vida), perdidos e achados, secos & molhados (pensem nas mulheres mudas, teletrágicas), mas sinal fechado não é nome certo para um sentimento que está vago. Arte e foto: Darlan M Cunha
FRUTAL Presa a si, e oposta às vias óbvias cujos becos sem saída são marcas registradas das pessoas, a criatura olha a manga e a romã displicentemente penduradas nos olhos da manhã. Texto e foto : DARLAN M CUNHA
DEZEMBRO Já é dezembro, finalmente, a curva final, com os gonzos de novembro (e dos outros dez) ainda balançando-se nos nervos, a mente sob o furor da estética social, correr é preciso rumo ao acervo geral, que o tempo não pára no porto, não espera que as frutas sejam embarcadas (onde o primeiro café de dezembro ? o primeiro abraço: em quem ?), tudo à vista (ou em práticas prestações), agora na reta final. Foto e poema: Darlan M Cunha