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Mostrando postagens de março, 2009
FACE A ISTO O maior orgulho do Diabo não é a arquitetura arredondada, abaulada, ovalada e triangular dos seus mil fornos, nem o pronto atendimento a quem chega, a hipnose de suas brasas, a sutileza de suas gozações e o branco de seus dentes e o vermelho impecável de seus cornos, mas sim quem entra pelos seus mil portais, sim, o maior orgulho do Demo são as suas visitas (e não vítimas, pois vieram pra cá porque deus os mandou pra cá, ele diz, eu digo). Sua grande motivação é a de estar por dentro e ter aquilo que todos e todas que com ele vão ter necessitam, ouvir-lhes os suplícios, o medo de camundongos, o temor às ameaças de deus e seus puxa-sacos, sim, sua felicidade é ficar ao lado de quem dele necessite num momento de fragilidade, pois o Capeta tem larga visão, bom garoto, entende de fogos de armistício quanto de fogos de artifício – sendo que destes ele não gosta, pelos artifícios que soltam só enganação. O dicionário do Diabo não poupa elogios às suas visitas (e não vítimas, con
IMAGINÁRIAS Tidos como prelúdios, incidentes acontecem, por falta ou por excesso de mãos abertas, algo assim de se dizer a si, e a outros, que já que não há nada para comer, beba-se o som imaginário de algum alimento do novo paul, é isto: acintes e acidentes moam os lipídios da intransigência, um afago aqui e ali nas vitrinas e logologo os molúsculos recuperam suas vicissitudes – reais e imaginárias. Darlan Arte: Edward Hopper
RODANDO NU COM A LUA Hoje, 10 de março, acordei às 2:50h, e fiquei assim como que flutuando, ainda sem saber direito o que fazer: se me levantava e preparava um café, se ia urinar, se ligava a tv ou se ficava ali numa boa, deitado, vendo a lua cruzar o céu, enquanto inundava meu quarto, rolando chispas e faíscas no chão, no guarda-roupa e sobre mim, como sempre durmo... nu. Minha janela fica sempre aberta, a não ser quando chove. Fiquei ali, pensando belezas e tristezas, lembrando fatos e quase fatos, arrumando a memória um pouco, visualizando os ovos futuristas, cansado de mim, de algo indiviso, de muito, de nada específicamente. Sim, a gente se cansa de algo, embora possa voltar ao seu convívio, uma canção diz que o perdão também se cansa de perdoar. Mas aqui não se trata de perdão, nada disso. O assunto nem existe, para quem esteja na cama, nu com a lua. DARLAN ***** Fotos: ZANASTARDUST e aqui: ZANASTARDUST
ACORDO ORTOGRÁFICO: entraves, dúvidas, opções Recebi hoje o boletim (n° 262) sempre muito esperado por mim e por muitas outras pessoas, no Brasil e no Exterior, que é esta maravilha dedicada à Poesia - de nome POESIA.NET. Devo referir-me ainda ao site Alguma Poesia (Ave, Palavra !), tudo sob orientação de Carlos Machado, incansável. Pois bem, caros, após comentar a boa, límpida poesia de Amélia Alves, ele faz comentário sobre o Acordo Ortográfico sacramentado há pouco, mas com ressalvas de boa parte de quem trabalha com as letras, cotidianamente. Ele nos alerta sobre vários ângulos desta medida que, visando a unificação do idioma português, etc, poderá, por outro lado, gerar muitas dificuldades, por exemplo, quando da substituição do acervo bibliográfico das escolas fundamentais em todo o país. Carlos Machado explica melhor o que penso exatamente; por isso, e por mais, tomo a liberdade de transcrevê-lo: ORTOGRAFIA Enquanto não se definirem com clareza os critérios do novo acordo ortogr