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Mostrando postagens de fevereiro, 2013
IMOTION SAPATOS VERMELHOS Quando eu era adolescente, novos sapatos mereciam batismo dos colegas: lama cuspo ou graxa, mereciam o rito os quedes ou os sapatos em geral marrons ou pretos. Mas, será que o filho de Pedro, movido pela dura cepa da fé, sustendo vontades que o mundo de deus dá aos seus, nunca desistido do encargo de ser lavoura arcaica, enfim, voltará a usar sapatos pretos em sua finita performance de homem sustentando cara de divino (indicado que foi, pelos pares), pernas e mãos sob o peso do reino do silêncio ? À beira da infância final, talvez se encontrem os dois pares de sapatos, dividindo risos sobre a solércia e o desencanto dos tempos, dívidas entre ratos e gatos entre sisudos, bolorentos, cúpidos corredores nas paredes dos quais um par de sapatos vermelhos chora pesado. ***** A HISTÓRIA DESTE POEMA : Hoje, no final da madrugada, ao assistir ao telejornal na TVE,   televisão da Espanha, falando s
  imagem: IMOTION   para: Fernanda Jimenez SANCHO & QUIXOTE: DOIS PERDIDOS NUM RITMO ÚNICO Batendo a cabeça contra ventos de cuja rudeza nem desconfiavam, ambos foram abrindo caminho entre escarpas e águas, nódoas   e vícios algo diferentes daqueles que separaram esparta e atenas  uma da outra; pelo que, procurando bálsamo com o qual conter o desespero de quem se sabe corte sem sutura, solilóquios à parte, cometeram ermos, até toparem com o cerne do crime pretendido: curvas e retas da Mancha, ângulos do mundo nos cascos da mula e do cavalo Rocinante, lá pras bandas do reino de Micomicão então, ensejando lâminas sobre lâminas, os quatro, antes que engolissem em seco a patranha geral, ou a palo seco a memória futura, limparam-se do humano demasiado humano entulho, e se foram; e assim diante do jeito gozoso da fábula que se esparramaria geral, cuidada com esmero de nova soberania, perceberam que todos parecem se esquecer que