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FERNANDO BOTERO (Colômbia) (A)TEMPORAL No seu tempo havia tudo do seu tempo, de outros tempos também havia, mas disso poucos tinham consciência, porque, no seu tempo, a terceira pessoa do pretérito perfeito do indicativo do verbo passar tinha uma conotação diferente da de hoje, aliás, este verbo já não existe, isso porque, hoje, de nada mais se diz que "passou", justamente porque passa tão depressa que ninguém percebe; de nada se tem saudade, lembrança nenhuma, esta é uma Era de solidão, de urros e mur®os, de membros cuja paridade é a da ruindade extrema, do mais exacerbado egoísmo, que o mundo mudou de fato para melhor e para pior, no qual episódios podem ser encomendados com qualquer antecedência, principalmente se urgente for a encomenda, o pedido sai no mesmo instante, e logo estarás com a arma do teu premeditado crimezinho de pulha, com a tua pífia organicidade dando peidos, a pressão alterada por tanta agonia à espera da felicidade de cravar no Outro o que ele mer