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Lygia Pape - Teia                Observar certos trabalhos artísticos, e também trabalhos rudes como os do mar e os da agricultura pode nos levar a sensações algo adormecidas, lembranças de que tens algum conhecimento acerca disso e daquilo, e assim, com certeza, ainda que de leve, de maneira quase imperceptível a palpitação aumenta, o riso pode dar as caras.      Esse trabalho aí acima me leva para a Rota da Seda, um primor do conhecimento, algo de vital importância para a História, porque você pode imaginar os diversos climas, diversos idiomas e dialetos, milhões de escambos, caravanas com centenas de camelos, a neve e a natural inclemência dos desertos, cidades como Antióquia, Cabul, Damasco, Cio, Tashkent, Petra e tantas outras; atravessando países como China, Pérsia, Índia, enfim, como se fosse uma cobra gigantesca arrastando-se por grande parte do mundo, passando pelo Mar Negro e o Mar de Marmara, passando pelos Balcãs até chegar, por exemplo, à feia Veneza. F
JUNHO O sexto mês entra na estrada do ano, descendo do sono para pôr a sua mesa o sexto mês do ano, e no meio dessa rede haverá peixes ou pássaros a serem capturados na forma de correspondências sob a porta, o costume das festas juninas, alguém pedirá alguém em sacramento, alguém pedirá divórcio, e alguém viajará para nunca mais; já é junho, as costas de maio ainda estão quentes sobre as pessoas, mas já se afasta, como é natural, junho já caminha real, mesmo de madrugada houve quem o recebeu de pé, o interior do país dorme, é dia noutra latitude noutras longitudes o pavor e o amor qualificam e desqualificam os seres, sim, junho veio para ficar durante trinta dias - a vida útil dessa planta da qual é natural esperar colher todos os dias o néctar revigorado. É junho, flores estalam, e o primeiro café do mês já está gritando. Poema: Darlan M Cunha Photo (from here): http://www.lowbird.com