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tetos de vidro

       Nos dias de hoje parece não haver como uma pessoa pode se proteger de inúmeros avanços ou ataques ao sossego, à soberania de sua casa, ao sono necessário a uma boa saúde geral, e assim o teto e as paredes são inúteis, o rei está nu, suas mensagens mais simples já podem ser interceptadas e, pior, deturpadas, seus patrimônios cheios de sangue, suor e lágrimas podem estar à mercê de transfiguradores, ou seja, de amigos do alheio.      O respeito morreu em definitivo, não haverá retorno nesta questão, todos estão felizes pela metade, ou nem isso, e assim é preciso dizer e fingir que está tudo bem no seio da parafernália eletrônica, desta simbiose nefasta, desta mímese com pele de perigos. * Darlan M Cunha
Embed from Getty Images                                                       ***       O silêncio vive condenado aos decibéis dos condomínios, com suas pragas e imprecações, rock, tapas, sexo furtivo pelos corredores, uma anatomia do descaso nos varais improvisados, o mundo do silêncio nos elevadores, enfim, o sono inexistente dos ilustres anônimos - os condônimos. *** Texto: Darlan M Cunha Imagem: Arnd Gewald // GettyImage s