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Mostrando postagens de outubro, 2006
De se ver de quantos riscos é feito até mesmo o passado THESE KINDS OF THINGS HAVE HAPPENED SEVERAL TIMES Entre corpo e espera, há síndrome de abstinência e sintomas de extorsão pelo Tempo, sim, entre a fuga da moeda e o tom sépia da pintura, a dívida não sacia o arbítrio, entre o provar e o ater-se à loucura de uma só pessoa, velódromos e viadutos, máscaras e tensores psíquicos são construídos, cascas de banana cumprem o alentado papel, sim, esse tipo de coisas acontece muitas vezes entre os entediados, mas tu e eu temos conosco que a cidade é real, mas espera o nosso sonho. (DMC) ****** Tenho a honra e o prazer de informar a quantos e quantas aqui vierem, que um texto meu foi selecionado e publicado no nº 2 (outubro 2006) da prestigiosa e prestigiada Revista Minguante, de Portugal. Caso disponham de algum tempo, por favor, a casa é de vocês, e o texto também. Grato. O endereço: http://www.minguante.com/?textos=darlan_cunha ****** Monti acelerou ainda mais a marcha, mas Agustina seg
Macuna íntima de mim, vou coiseiras e improvísios de Macunaíma adantes de arre-conceber a noiviciada (dmc) Cantando na fala impura... e se lembrou de fazer uma pescaria. Pra disfarçar imaginou noutra coisa. Fazia tempo que pusera reparo num bando de cunhãtãs passeando todos os dias na Praça da República. Perguntou e soube que aquilo eram normalistas. Dormiu sonhando com elas. No outro dia esperou com o olho esquerdo dormindo que os manos saíssem e levantou, sem reparar, com o pé esquerdo. Tomou banho perfumado com macacaporanga, botou um chapéu fino de ubuçu e deu uma chegadinha no cabeleireiro para pingar essência de pau-rosa no cabelo. Depois foi na Praça da República muito bem disposto. Quando as cunhãtãs vieram saindo da máquina Escola Normal, Macunaíma ficou muito atrapalhado não sabendo qual a mais bonita. Coração batia com saltinhos apaixonados, e Macunáima andava dum lado pro outro sussurrando suavemente : Mani, Mani, filhinhas da mandioca ! Afinal se resolver por uma lindeza
Ein Pakt mit dem Teufel (und es werden immer mehr) Mas, talvez também seja assim: o fim já ocorreu. Nós não existimos mais. Vivemos só de mentirinha, um reflexo, um estrebuchar conclusivo. Ou talvez alguém esteja sonhando conosco. Deus ou um ente superior parecido, um supergrandalhão que nos sonha em capítulos sucessivos, porque gosta de nós ou nos acha engraçados, e que por isso não nos larga, não se farta de ver-nos estrebuchando. Nós perduramos em seus flashbacks e graças aos apetites audiovisuais de um Princípio Divino, embora a última sessão, ou ultemoch, como diz a ratazana, já tenha ocorrido há muito tempo; desaparecemos imperceptívelmente, pois - mesmo que os homens tivessem casualmente notado o fim num domingo de junho - seu comportamento e a atualidade de seus negócios, horas marcadas e promissórias, seus hábitos aprazíveis e seus terríveis imperativos não se deixaram transformar nem redimir, cancelar ou superar, de tal forma era ou é imutável a espécie humana. GÜNTER GR
Das pequenas coisas de ontem não falemos mais Acho melhor repousar nos braços, nos membros incompletos da Ilusão, onde a dor é possível de ser suportável, talvez seja. Mas isto não é só comigo, também pertence a ti tal decisão: a de irmos por caminhos diferentes, procurando um final em conjunto. Não parece estranho ? Irreal é o que somos, irreal é o que não somos, nem seremos. A realidade está sempre um passo à frente de mim, de ti, de nós, e a irrealidade chora em seus próprios canteiros alguma folha extraviada ou, simplesmente, algum talo caído. (DMC) Tela: Darlan. Título: Nosso entorno