Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de julho, 2015
  Carlos Bracher - Paisagem com casa de Cláudio Manoel Paisagem com casas   É natural que vítimas e algozes se unam como se unem o fim  de uma estação ao início de outra feito diaristas num lençol comum. Assim, não urdindo outra coisa que não o pasmo geral na aldeia emparedada pelo lado místico do silêncio (vale ou não vale ouro a delação ?), algozes e vítimas seguem o prumo da dúvida, e certamente tais paralelas haverão de se encontrar. poema: Darlan M Cunha
Robson Barros   -  Passeando de balão                      É imenso o horizonte que acolhe o que não dá para levar a cabo: as tantas instâncias que se nos apresentam e que, por um ou mais motivos, não é possível tê-las entre os dedos, e isso é ruim, porque se somente o imaginário nos acomete sem trégua, ficamos incompletos.      Minha vizinha da casa logo à esquerda da minha era doida para passear de balão, pelo que ela então mexeu os pauzinhos, e se fez ao largo do solo: subiu, riu das figurinhas atarantadas lá embaixo, gargalhando, beijou o piloto, bebeu vinho tinto, enfim, transtornou em pura realidade um de seus fantasmas, uma de suas inquietações, o desejo inescrutável de ir pelos ares - algo naturalmente geral. Texto: Darlan M Cunha Arte naïf: Robson Barros
Vitória Basaia O rosto O duelo no tribunal deve algo ao sim e ao não e se uma terceira via acende o pavio   alertando os dispostos a quebrar a lei , outro fervor levanta-se e invoca ditames de deus, mas ninguém crê no pai, e o juiz, farto de se haver com caricatos acha enfim lugar para deus nas grades com o que um rosto deixa de pairar sobre a multidão.     poema: Darlan M Cunha   arte: Vitória Basaia