A PELE DO FUTURO Alguém desce a ladeira, consciente disso, vai e cruza consigo mesmo quando ainda era são, quando não era estorvo, ou seja, antes de estar na vida branca dos muros entre os quais vêm de leve à mente todos os ontens anteontens e trasanteontes. Eis na borra da manhã o braço do estetoscópio e o sorriso brando, algo de velada despedida há na canseira onde alguém parou para escutar algo do futuro, enfim, porque o futuro também desce ladeiras. Poema: Darlan M Cunha Foto: bg_noon2