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A PELE DO FUTURO Alguém desce a ladeira, consciente disso, vai e cruza consigo mesmo quando ainda era são,   quando não era estorvo, ou seja, antes de estar na vida branca dos muros entre os quais vêm de leve à mente todos os ontens anteontens e trasanteontes. Eis na borra da manhã o braço do estetoscópio e o sorriso brando, algo de velada despedida há na canseira onde alguém parou para escutar algo do futuro, enfim, porque o futuro também desce ladeiras.     Poema: Darlan M Cunha Foto: bg_noon2
Matriz da cidade de Lauro de Freitas - no entorno da grande Salvador, BA, Brasil. AEIOUAR Rosas e espinhos estalam no dorso azul e amarelo do dia. É tarde no mundo, é cedo no mundo, mas cansaço é bobagem, e assim aroeira e peroba falam disso; entre si, homens se cumprem cercando mulheres e babando na chita - quinhão natural deles, dizem, afoitos por mais veredas abrirem, que o sertão da vida alarga-se cada vez que se dá passo para longe do lombo da mula; mas, ao longe, outras bestas esperam nas esquinas de todas  as cidades do mundo, refestelando-se nas pontas de um cabresto sex machine, judeus e muçulmanos ocupados em seccionar pinto de bebês, enquanto éguas  e vacas e cabritas parem sobre rosas e espinhos, sempre as vísceras da manhã apascentando bichos humanos, antes que o diabo entre de vez no meio do redemoinho. Poema e foto: Darlan M Cunha