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ABRIL DA CORAL cores tantas cores no lânguido corpo da cobra coral ali num tronco qualquer no chão do mundo confundida ela está e os seus olhinhos brilham de prazer com os raios de sol e as fatias de sombra sobre ela que se fia na sua mímese e na simbiose e noutros truques que a coroa maior da vida exije, e assim a sobrevivência lhe dê chances de logo que possível ou logo que seja necessário ela executar de novo a dança das presas: dança de vida e morte que seu veneno fatal pode, mas, antes, ela descansa e me deixa em paz, a apreciar suas cores em rodelas, pura matemática, puro aviso de quem faz suas próprias contas, sim, pintura rubra negra e branca, a cobrinha sabe de si, sabe que seu espaço dimunui, que as águas estão secando rápida- mente, não ná mais onde esconder-se de mim, de ti, das bombas e queimadas, das imobiliárias, de deus e nem mesmo do diabo que não a criou, natural que ela é em seu medo de todos Poema: DARLAN M CUNHA Foto: alfas.cap.ufrgs.br