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Mostrando postagens de setembro, 2010
SOBRE RODAS (pero no con la culpa bien adentro) Sobre rodas chega o dia, deita-se   sob rodas a noite, bramindo as jazidas permanecem no máximo fervor, sob o olhar atento da gula dos homens sobre rodas e ordens mais ordens, renitências na forja, enquanto Yisela Sosa canta memórias suas que são da cidade onde ela compra pão, bebe chimarrão y hace y canta y toca milongas uruguaias, em Paysandú ela nasceu en la pampa, canta: por isso é divertido / às escondidas brincar. Pensa levezas que a vida põe ao nosso dispor, chama pássaros ao palco (pero no con la culpa bien adentro). Foto e texto: Darlan M Cunha Yisela Sosa e mais Yisela Sosa
VIDENTE NO AREAL Traçando um risco e depois outro e mais outro no areal que cercava a aldeia e o coração, lenta e enigmática, dispersando cinzas que em sua tez se formara, olhando o algodão escuro e pesado no céu, disse, entre silvos, que se tornaria em algo que não era de si, por si, ser. À espera ainda está.  Foto & texto: Darlan M Cunha
                                                                                                                                                                        BAR DU BETO Embora isto pouco aconteça, deve-se olhar com calma para as coisas e as gentes, mas isso só o fazem as raras pessoas que não se deixam escravizar pela essência da pressa, que é  mãe, pai, amante e o diabo a quatro de uma showciedade na qual todos são especialistas. Quando você encontra um lugar agradável, mas agradável não a você somente, mas agradável ao que o sossego, a razão mostra, mal se pode crer em tal ventura Em Belo Horizonte, este é um deles: o Bar du Beto, na Cidade Nova, ao lado do Parque. Foto e texto: Darlan M Cunha
DOCUMENTÁRIO O Sr. White – nome de colonizador e pele de nativo tem ele – nasceu e mora na boca das cataratas Vitória, no rio Zambeze. Tem pequena lavoura, não raro arrasada por secas devastadoras ou por semanas de chuva. Diz ele, num documentário, ter sete filhas, oito filhos e três esposas. Pois bem. Outras felicidades espero que o Sr. White conheça, de diferentes modos da sua. Ele, que sabe onde o Zambeze esconde seus peixes, tem um amigo na aldeia, de nome Edwin, artesão que faz “makoros” - grandes e esguias armadilhas para pegar peixes no turbulento e enorme rio. Josephat é ótimo pescador. Peixes secando. Aves comendo sal nos barrancos. A névoa engole o rio, mas mais tarde o sol queimará o algodão dependurado no céu. Arco íris lunares são comuns, como são comuns as risadas dos bichos que ninguém vê ao certo. Todos têm medo mortal dos hipopótamos. O Sr. White, cujo olho direito é coberto de névoa, ou seja, ele tem a sua própria catarata, contempla o