Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens com o rótulo mpb
  Viajar é mais - diz a canção  *      Os chineses dizem que a mais longa caminhada começa com o primeiro passo, e creio nisso, porque ainda tenho algo da visão de tempos atrás, ciente de que são demais os perigos desta vida, atoleiros sem fim, mangues, névoas morais atormentando durante 25 horas por dia, enfim, tempestades de areia e de gente a dois passos da errância final, o diabo sobre a colina, the fool on the hill, espasmos pela falta de ar, falta sangue, o aparelho de hemodiálise está sem valia, algo paralisados os homens e as mulheres, dominados pela vontade de irem a outras paragens, mas o mundo é pequeno, não havendo onde se meter, só resta jogar os calcanhotos nas estradas. * foto e texto: Darlan M Cunha
Portinari (1903-62). Chorinho      Parece-me que uma palavra moderna que pode se encaixar no chorinho é a palavra linque, ligação. Este ritmo, brasileiro por excelência, que exige algo mais do músico e do ouvinte, apareceu lá pela segunda metade do século 19, como quem não queria nada, e se tornou uma prática entendida por todos. Sei tocar, por exemplo, bossa nova e, bom mineiro, os diamantes do Clube da Esquina, mas no choro eu me embaraço. Mas sei ouvir. Viva o choro. Texto: Darlan M Cunha

bala com bala

Bala Com Bala João Bosco A sala cala e o jornal prepara quem está na sala Com pipoca e com bala e o urubu sai voando, manso O tempo corre e o suor escorre, vem alguém de porre Há um corre-corre, e o mocinho chegando, dando. Eu esqueço sempre nesta hora (linda, loura) Minha velha fuga em todo impasse; Eu esqueço sempre nesta hora (linda loura) Quanto me custa dar a outra face. O tapa estala no balacobaco e é bala com bala E fala com fala e o galã se espalhando, dando. No rala-rala quando acaba a bala é faca com faca É rapa com rapa e eu me realizando, bambo. Quando a luz acende é uma tristeza (trapo, presa), Minha coragem muda em cansaço. Toda fita em série que se preza (dizem, reza) Acaba sempre no melhor pedaço. ***** Arte e foto: KAMEL YAHIAOUI
The brazilian singer ÂNGELA FRANCO ***** FLORAL E TANTO: JARDIM SEM FANTASIA É JARDIM? Não tendo mais tempo para apenas uma flor, que rosa pouca é bobagem no quintal do mundo, pá e picareta e adubo nas mãos, é preciso estar atento e forte, cuidar do jardim de muitas  facetas, é preciso rosar o mundo, pô-lo do jeito do melhor sabor da melhor comida, viajar entre canteiros, viajar  é mais (alguma vertente de espinhos  nos espera), mas viajar é preciso, e nós iremos  e alguém mais irá preparando alamedas aqui e ali, lá e além-lá, enfim, em todo lugar. Foto e poema: Darlan M Cunha
MPB e amigos São mesmo imprevisíveis as 24 horas de um dia, de qualquer dia, em qualquer um dos mais de duzentos países do mundo. Três domingos atrás, eu estava no bar do Jair, um pequenino, modesto bar no bairro Betânia, em BH, e então o pessoal convidou-me à mesa, e coisas que tais. E ficamos por ali, conversando sobre política, literatura, o cotidiano de cada um, tudo isto entre uma canção e outra da MPB, violão ao vivo: Clube da Esquina, Jobim, Holanda, da Viola, Vandré, Elomar, Sidney Miller, Cartola, etc.   Horas depois, naquela tarde linda, quando eu já ia embora, uma pessoa, que estava chegando ao bar, ouviu o meu nome, colocou a mão no meu ombro e disse para todo mundo: "este aqui foi o maior lateral esquerdo que eu vi até hoje, e, de quebra, se necessário, excepcional meia-armador". Minha gente: após, 40 anos , exatamente, reencontrei o meu amigo Weliton Afonso, o grande meia-armador do nosso time de juvenis em Santa Bárbara, MG (100 kms de BH, cidade hist
DAS PERDAS, SÓ SABER QUE EXISTEM - INCLUSIVE O CÉU. (DMC) ***** BOBAGEM (Maria do Céu Whitaker Poças) Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir Bobagem pouca - besteira Recíproca Nula - A gente espera Mero incidente - Corriqueiro Ser mulher - A vida inteira Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir É um belo samba Que ainda está por vir ***** Esta garota tem uma visão bem acessível da vida, suas letras não deturpam o cotidiano, nada esfolham, sem serem cruas, menos ainda banais. Sua linha melódica é serena, nada tendo de espalhafato. (DMC) ***** Mais CÉU: 1. http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL24794-7085,00.html 2. http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=Noticias&SubArea=Noticias&ID=843&Month=11&Year=2005&css = 3. http://www.artistdirect.com/nad/store/artist/album/0,,4
CANHOTO DA PARAÍBA (1926-2008) VAI, AMIGO, SER CANHOTO NA VIDA Mais de uma vez comentei sobre o cidadão absolutamente acima do comum, chamado carinhosamente de CANHOTO DA PARAÍBA, nalgumas páginas na Internet, como o extinto blog PALIAVANA (hoje, PALIAVANA4.blogspot.com), e o também extinto sítio no Multiply (hoje, AEIOUAR.Multiply.com). Foram postagens com fotos, dados pessoais e até mesmo disponibilizando algumas músicas dele, com ele ou com o excelente violonista Fernando Caneca, bem como uma gravação dele com o precocemente falecido violonista carioca Raphael Rabello (1962-95). Mestre naquilo que em todo o mundo se considera "o violão brasileiro", ou "o jeito brasileiro de se tocar violão", com suas técnicas infindáveis, seus macetes mil, suas sem-vergonhices tão por todos apreciadas, sim, porque é um tal de passar as mãos no corpo escultural do violão, que não há quem não note no violonista de boa cepa uma tendência inenarrável para o amor às boas