Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2009
O INSTANTE Desde que o silêncio reverberou pela primeira vez na mente do Homem (lembra que nasceste fazendo barulho, de que, ainda no útero, fácilmente audíveis são os reclamos de todos - muito antes de ultrassom), a sua luta para permanecer como parte integrante da Humanidade não teve descanso. Em vão. Quase ninguém sabe nada do silêncio, do seu valor, de que é um pilar sem o qual o equilíbrio não é possível. Não, não quero o silêncio de uma senhora ao lado do filho assassinado, silêncios forçados, silêncios armados, silêncios pagos. Queiramos algo que grite, mas que saiba silenciar a súcia, os latidos e rosnados, miados e chiados, sim, chega de buzinaços por falsos instantes de alegria que trazem com eles a contrapartida da alergia pesada, trazem com eles alguma répicla sempre com peso extra: a da destruição, do revide rubro. É isso aí: nada de dar a outra face e de abaixar o rabo, como o faziam antigamente os cães amestrados - não nós, os legítimos viralatas, donos absolutos
Amadas & Caros, eis aqui nove coisas realmente boas. Complete para dez estas NOVE COISAS BOAS: 1 . Ficar em casa na segunda feira, preguiça ou ressaca, sono ou calor, pés no chão e de bermuda, coisa boa é ficar na água de coco na segundona. 2. Ganhar presente em dia comum, inesperadamente. 3. O beijo não recebido, mas imaginado. 4. Roupa de cama cheirosa, mesmo se antiga. 5. Ficar na banheira – horas, dias, semanas, meses, anos, dormir  lá dentro. Se estiver de ressaca, melhora; se estiver com raiva, melhora; se estiver doente, sara, se estiver sem mulher ou sem homem... Ah, aí já não é comigo nem com a banheira: é ir pra rua procurar homem ou mulher, e logo propor casamento, sérias intenções, hehe. Certo ? 6. Viajar para o interiorzinho. 7. Tocar um instrumento musical. 8. Encontrar aquele bilhete premiado, um dia antes de expirar o prazo – o qual estava numa lata de biscoitos, junto com papéis velhos, contas disso e daquilo, clipes, barbante, vela, etc , e pelo qu
DE TUDO SE FAZ CANÇÃO Durs Grünbein (*1962, Dresden)                                                                                      Der Cartesische Hund Wedelnd um jedes Nein das ihn fortschleift              Worte wie Flöhe im Fell, die Schnauze im Dreck   Ohren angelegt auf der Flucht vor den Nullen Gejagt von den kleineren Übeln ins Allergrößte   Müde der leeren Himmel, die Kehle blank Gehorcht er dem Ersten, das kommt und ihn denkt.       O CÃO CARTESIANO Abanando a cauda para cada Não que o puxa pra frente palavras nos pêlos/na pele como pulgas, o focinho na lama as orelhas em pé/encolhidas fugindo dos zeros acossado dos maus menores à ruína maior/ acossado pelos males menores ao maior deles Cansado dos céus vazios, a garganta nua/lisa                                                                                       ele obedece ao primeiro que vem/chega e o pensa.   In: D.G: Schädelbasislektion. Frankfurt a.
AH... É assim que o amor chega: devagar, vai moldando os ares sem que a gente perceba, vai construindo os alicerces, pondo os tijolos, a argamassa, pintando de várias cores as paredes, sim, ali está o violão, para os momentos de lazer e também para um momento de melancolia, creia: é assim que o amor chega: sem pedir licença, assenta-se, come e bebe, e nem pense que ele vai embora. Nunca. TEXTO & FOTO: DARLAN  *** Estes são a minha amiga e o meu amigo Priscila e Sandro, recém-casados, moram no bairro Olhos d'Água, em BH. Estive na casa deles, ontem.Um tesouro de educação.