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Mostrando postagens com o rótulo Viagem a Andara
ATÍPICAS MEMÓRIAS Deixem que eu me apresente, e à minha irmã. Eu sou Iço, esta é a minha irmã Issa. Somos de Içada - terra sem fim e mar sem contorno, céu de tantos e deus nenhum. Não descobri o fogo, o afeto, a insônia de ser pai. Memórias de mim, em sua maior parte, são tristes, céticas, ácidas, coléricas, e o meu medo menor é o de entrar na inenarrável algazarra da morte apenas com o círculo vicioso de filho de algo, de nada, do Nada. Sou biliar. Tornei-me ossudo, ossada, ossama. De um livro, lembro-me de uma frase caótica: o diabo no meio do redemoinho, e poucas outras frases de outros livros, tais como: todos nós somos culpados de tudo, e assim por diante; lembro-me do dia em que o meu pai brigou com um tipo, numa cidade do interior, e o meu irmão tomou a si luvas e facas, aos quinze anos, eu não lutei, não matei ninguém, a não ser eu mesmo, só depois cometi crimes assim, de morte, e lhes direi mais, que não fiquem aí com essa cara de asco, vão todas danarem-se, vão todos pôr