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Mostrando postagens de 2015
 ¨¨ Dezembro aí está, sua sina única será a de andar durante 31 dias, sem parar, até que se torne passado, linha de trem desativada, de certa forma, porque o passado fica, de um jeito ou de outro, ele não nos abandona - por mais hábil que seja a nossa tática em deixá-lo no meio dos tempos, nu, choroso, só neblina. Dezembro aí está, crescendo feito uma bolha, ciente de que no dia trinta e um levantar-se-á pela última vez, olhando em torno, desconfiado, mais alegre do que triste, alegre pelo que deixará à gente que com ele caminhou, realista, pelas pessoas que em seu bojo caír e m para nunca mais. Dezembro está aí. * Foto e texto: Darlan M Cunha
Rua Pedro Laborne Tavares - Buritis, BELO HORIZONTE Colégio Batista Mineiro - Buritis - Unidade 1 Sejam cuidadosos, uma montanha pode f a cilmente vencê-los, e a arte pode enganá-los, como um camaleão sempre sob a fúria do aprimoramento. Avesso às crenças do cotidiano, mascando riso suave, mas, maléfico que só ele, o avô dava dicas de como ir ao inferno, e de lá voltar, ciente de tudo em relação ao inferno das vinhas sociais, de para lá querer voltar e definitivamente ficar.  Caminho por uma rua com arte mural, paro, peço explicações para tal atitude, ninguém sabe onde o diabo reside, em quanto incide tornar afável a superfície crespa de um muro, mais ainda, o interior encrespado do Homem. Foto e texto: Darlan M Cunha
cama de faquir *  Homem deitado à maneira faquir já nem homem é, embora pareça convidar os transeuntes a vê-lo de dentro da multidão rondando feito piorra a ossada estendida na cama de pregos, feito faca só lâmina expondo seu dilema, pois o mundo tem muitas faces todas elas bem presas a limites ou a antíteses cujos degraus mensuram o esforço e a apatia; e assim há dervixes e faquires astronautas e ladrões e emires, porque a cidade é larga e vive de tributos por encomendar lutos, pelo que enquanto uma laranja escorre dos dedos da manhã a ossada, viva, continua em transe, alheia ao humo a boca do escárnio, alheio a fotos o rosto do espasmo,  ciente de que haverá cama para todos cedo ou tarde todos serão faquires e o mago parece sorrir para uma flor amenizando-lhe o rude travesseiro.   O visitante afasta-se, mensageiro. Foto e poema: Darlan M Cunha
Museu de Imagens do Inconsciente, RJ (Acervo) * Permanece inabordável e inativa na enfermaria: a palavra fracassa.[...] Dra. Maria Cristina Reis Amendoeira, psicanalista. "O trabalho da arte e construção da subjetividade no feminino". Uma abordagem sobre a pintura de Adelina Gomes (1916-84), interna do Museu de Imagens do Inconsciente. Revista Brasileira de Psicanálise  *** OBVIOUS (matéria de Patrícia Costa, sobre o Museu de Imagens do Inconsciente).
Iberê Camargo - A idiota (Fundação Iberê Camargo) * A idiota Se lhe pedem algo de seu ofício de estar sempre sob mutismo ela anui e se esmera em abrir em cada canto da boca o que lá existe de mais, embora menos apreciado pelos fortes ventos do esquecimento ou do desprezo alheio, mas franqueia o caminho com um mínimo de sons variados caso lhe peçam algo de seu ofício. poema: Darlan M Cunha pintura: Iberê Camargo
  Carlos Bracher - Paisagem com casa de Cláudio Manoel Paisagem com casas   É natural que vítimas e algozes se unam como se unem o fim  de uma estação ao início de outra feito diaristas num lençol comum. Assim, não urdindo outra coisa que não o pasmo geral na aldeia emparedada pelo lado místico do silêncio (vale ou não vale ouro a delação ?), algozes e vítimas seguem o prumo da dúvida, e certamente tais paralelas haverão de se encontrar. poema: Darlan M Cunha