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Mostrando postagens com o rótulo artes plásticas
                                                                          Alice Shintani - quimera 2007 Quando o primeiro homem sem cabeça apareceu, não houve quem pudesse crer em mais nada, e durante muito tempo as coisas ficaram tão confusas na aldeia, que nem mesmo as crianças - em geral sábias - souberam como utilizar o tempo e o espaço, ou otimizá-los, ou compartilhá-los, segundo a linguagem do momento . Ora, homem sem cabeça é algo tão antigo quanto a água, de tal sorte que muito antes da invenção de deus e do diabo, pelos espertos das torás e suratas da vida, e afins, o famigerado homem sem cabeça já vagava sem maiores percalços pela amplidão do mundo - falésias, furnas, mesetas, istmos, ilhas e pauís ou pântanos. Sim, ele já se estrepava nos cactos, trocava rumos e urros com a caça e a pesca, até que chegou o tempo a partir do qual, premido por instâncias que nem a neurologia, a genética, a antropologia, a sociologia, a arqueologia e muito menos a psicanálise
Tomie Ohtake  - Influxo das formas Quando a boca se cala ninguém pode ir em seu socorro, dementes todos diante da boca sem fala. Eis a boca no seu turno de silêncio, com ou sem anuência geral, filtrou o impossível, bem ou mal nos reptos da rua, pilhou pares em pleno fel, foi   lua e limpou o rés do chão de alheia festa, que a boca é isso: se se gaba demais é indigesta; se não diz nada cai no esquecimento, dando   de compor para a ausência (sentida por alguns, talvez) uma  vírgula ou petição; enfim, o mais que perfeito  chiaroscuro  de sua intenção. poema: Darlan M Cunha Imagem : https://br.images.search.yahoo.com/search/images;_ylt=A0LEV2qs.khUL.oAF4_z6Qt.;_ylu=X3oDMTB1MGJ1ODhjBHNlYwNzYwRjb2xvA2JmMQR2dGlkA01TWUJSMDNfMQ--?_adv_prop=image&fr=mcafee&va=tomie+ohtake