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Mostrando postagens de fevereiro, 2019
elmos Quando se tem mais um dia, deve-se empedrar ou liberar a entrada à opção escolhida, testando a casa contra rajadas de medo e ódio sem dar trégua à ditadura do Não, anular o convívio com a incerteza, sem panos quentes, sem sonhar em apreender nada à distância, porque o Homem é isto que se tem ou que se vê: gastos inúteis de energia, o abraço difícil e o beijo insosso a razão pelo ralo levando consigo o dia. ***** DARLAN M CUNHA  
O mesmo de ontem, mas diferente. *****   1.      O que há de desnaturado no verbo somar, ainda que ao somar ele carregue consigo o verbo subtrair ? Ora, isto é natural, sempre foi, é e será. Alguém sempre perde algo no jogo: cesto, tijolo, bicicleta, a casa). Ó, quanto há de sombrio em certos sorrisos e certos apertos de mão ? Isto só se sabe depois que o rastilho de pólvora chega ao fim. 2.       Dominus vobiscum. Um dia - já era madrugada - eu e o amigo e vizinho voltávamos da balada, quando de repente Deus saltou à nossa frente e, sem sequer me notar, pregou-nos o óbvio, qual seja, um tenebroso, melancólico e enjoativo sermão, pelo que nos fizemos de desentendidos, deixando-o estático no passeio público. O sermão durou uma eternidade. Nem sei onde ele dormiu - talvez no hotel central ou na pensão da Dona Cacilda, os únicos lugares para isto nesta aldeia. 3.       Na sexta-feira santa do ano passado, eu e o meu amigo e vizinho estávamos em casa, beben