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Mostrando postagens com o rótulo MG
Buritis, BH, MG ***** ISSO FAZ MUITA DIFERENÇA No norte as coisas são vistas como devem ser, não como são, o implícito e o explícito no mesmo vaso, medrando, a mesma cantilena no sul do mundo, a mesma ideologia no leste e uma igual idiossincrasia no oeste, com todos os lados cientes de que uma solidão entende outra e assim a eternidade só existe pela renovação de águas e dragas. *** foto e poema: Darlan M Cunha
alho // ajo  // garlic *      Na praça do óleo, em Betim, MG, sentei-me para beber uma cerveja, e muito bem fiquei por lá, pensando no nome da praça, em sua razão de ser, após ter sido advertido de que o lugar tinha e tem tal nome devido a que já existia ali uma árvore de nome pau d'óleo, e que tropeiros, vindos de várias propriedades ou ermos, vinham vender, comprar ou fazer trocas (escambo) por ali. Isso já faz muito tempo - a cerveja que bebi por lá, e ainda mais tempo faz que passou o tempo dos tropeiros fazendo escambo entre a cruz e a espada, debaixo de chuva e de sol. Enfim, segundo li aqui , consta que neste lugar havia um Pau D' Óleo onde o povo se reunia para contar histórias, fazer missas campais e bater papo.                                                                          * Foto e texto: Darlan M Cunha em  itálico: Cicero Clarindo (TimBeta)
  Carlos Bracher - Paisagem com casa de Cláudio Manoel Paisagem com casas   É natural que vítimas e algozes se unam como se unem o fim  de uma estação ao início de outra feito diaristas num lençol comum. Assim, não urdindo outra coisa que não o pasmo geral na aldeia emparedada pelo lado místico do silêncio (vale ou não vale ouro a delação ?), algozes e vítimas seguem o prumo da dúvida, e certamente tais paralelas haverão de se encontrar. poema: Darlan M Cunha
BELO HORIZONTE, MG, Brasil: 115 anos (12-12-2012) NA ÍNTEGRA DA HISTÓRIA ALGO DE SOMBRA, TALVEZ Ombros e armas varando gente passando gente a ferros passando gente a limpo feito porcos ao léu na rua as coisas acontecem: sobem ou descem graus na eleição pública sem que por tal se dêem os vivos e os mortos: “Não te preocupes, que até os mortos sobreviverão” - disse, e afastou-se. Foto e texto: Darlan M Cunha
  jabuticabeira sabará ( Myrciaria jaboticaba (Vell.) Berg) Sabará, MG, Brasil Tão comum quanto pipas no céu são as esquivas dos devedores e as mil acrobacias dos vendedores; mas, se anciãos ainda há que jogam bochas e damas, é porque isso é o que lhes resta, ou o que lhes cabe nessa vida de morte severina de tempos modernos feitos só para até os de trinta anos. Ora, quando as formigas esfregam as patinhas na cabeça, é sinal de alguma preocupação, é alguma tática de aviso ou de sinalização pré combate, ou é mera formalidade para cumprimentar uma formiga do mesmo nível social ? Voltemos às jabuticabas, pois entreter-se com tais negrinhas é de bom tom. Foto e texto: Darlan M Cunha
O GAROTO o garoto pedala num beco de casas brancas com portas e janelas azuis e pedras irregulares sobre as quais ele cai mas sorri e continua como que rumo ao céu da boca da mãe Foto e poema: Darlan M Cunha
Itabirito, MG, Brasil PLANO B Na cidade das sombras, o teatro rói as perdas, socorre-se nelas o otimismo ferrenho, porque nada o faz desistir desta espécie de giroscópio que, embora sombrio, é um estetoscópio com o qual se nota o que se sabe entre atores e atrizes: que em tais lugares a abstração não comove ninguém, e assim o circo e o teatro - ases que se querem com luzes sobre o bem e o mal -, às vezes, ambos se abstêm de aqui e ali se cumprirem, mas teimam e desancam fonemas nas escadarias da cidade só sombras, pura taquicardia de assombros saindo de algum improvisado plano b. Foto e poema: Darlan M Cunha
                                                  RELÓGIO QUE "ANDA" PARA TRÁS                                                   (Bar do Valtinho. Medina, MG, Brasil) Perguntas sem resposta estão nas ruas, nos cofres, nas gavetas recôndidas, onde até mesmo o tempo tem medo de ir, sim, perguntas há cheias de pó, de temores, seus donos e donas sabem que precisam protegerem-se dos biliosos, dos curiosos, porque há coisas que são só da gente, a ninguém mais pertence - esquecidos e esquecidas que tiveram de viver com alguém aquela e todas as experiências, sim, há quem, como este relógio aí acima, há quem ande só para trás. TEXTO e FOTO: Darlan M Cunha