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Mostrando postagens de outubro, 2009
MPB e amigos São mesmo imprevisíveis as 24 horas de um dia, de qualquer dia, em qualquer um dos mais de duzentos países do mundo. Três domingos atrás, eu estava no bar do Jair, um pequenino, modesto bar no bairro Betânia, em BH, e então o pessoal convidou-me à mesa, e coisas que tais. E ficamos por ali, conversando sobre política, literatura, o cotidiano de cada um, tudo isto entre uma canção e outra da MPB, violão ao vivo: Clube da Esquina, Jobim, Holanda, da Viola, Vandré, Elomar, Sidney Miller, Cartola, etc.   Horas depois, naquela tarde linda, quando eu já ia embora, uma pessoa, que estava chegando ao bar, ouviu o meu nome, colocou a mão no meu ombro e disse para todo mundo: "este aqui foi o maior lateral esquerdo que eu vi até hoje, e, de quebra, se necessário, excepcional meia-armador". Minha gente: após, 40 anos , exatamente, reencontrei o meu amigo Weliton Afonso, o grande meia-armador do nosso time de juvenis em Santa Bárbara, MG (100 kms de BH, cidade hist
A PALO SECO tempo para engolir em seco a pimenta, ócio nas colinas onde a carne do sol se desmancha para manter-se, por completo, gêmea de nada, igual ao poeta à porta do ressentimento
LIOS   Refém da solidão, pausa nenhuma terás, devendo ao Nada algo mais do que ecos de estradas já rotas, o que sobra para ser escrito nos muros onde o sol se cumpre, nenhuma causa podendo antecipar para si os ovos possíveis da luta corporal. Refém da solidão tu és, de pé sobre  escombros, rumo à abertura  que os ossos do ofício façam por merecer.
REPTO Cuidados tomar com o que vale: a penúltima palavra: ela é a que pode  civilização nova pensar, exarando dicionários e tisnando a cara da paralisia
DIÁRIO Há dias em que tenho quarenta dedos, são mesmo poucos e famigerados sonhados ou vividos mancomunados dias em que eu vivo em dobro.
ERVA erva boa é o susto: põe a gente desperta, seja lépida manhã ou ágil entardecer ou púgil madrugada, ervaçal bom é o enleio dela: miúda de fala, discreta luz sobre a minha cegueira, ela aplica de leve o torpor Foto e poema: DARLAN M CUNHA Visite-me AQUI
O ILUSÓRIO REVISITADO PASTO vivendo de barriga verde, cheio de capim e ilusão de vida pacata, o cavalo cheira a égua – também ela de barriga verde, cheia, a égua lhe quer dizer algo   sobre a lisonjeira (falsa ?) bonança traçada em prosa e verso pelo dono do pasto, livre, a vaca come girrassóis torrados pelo mel cósmico varrendo a colina, ao longe música suave nos flancos da vaca preocupada com o amanhã do seu boi texto: DARLAN imagem