Pular para o conteúdo principal

Postagens

Mostrando postagens de novembro, 2012
ah, sabe de uma coisa ? banana pra showciedade !
Não consigo escrever ouvindo música, porque nem um fiapo de concentração aparece, pelo que só me resta esquecer dos sustenidos maiores e do ré bemol, enfim, da melodia. Nunca saberei se gostar de literatura me salvou de alguma coisa, e de quê, se de algum caminho de perdição que não este no qual estou, de papo pro ar, embora com uma apreensão em cada poro. Nem mesmo a minha psicanálise me revela nada a respeito disso, pelo que a música, a sensação de ouvir música, é mesmo, para dizer pouco, inextrincável. É sabido, por muito poucos, que João Cabral não tinha absolutamente nenhum elo ou eco ou afeição pela musa, ela não entrava nos seus enleios, de tal forma que nos trilhões de sinapses do seu cérebro parecia não haver o mínimo teor de reconhecimento para com ela, sim, era completamente cego, surdo, mudo. Realista na poesia, minimal, enveredou por apreciar principalmente a pintura de Joan Miró, capaz de anular outono ou inverno psíquico, plena de alusões no   apelo multi
DAS INTERAÇÕES COM O DESCONHECIDO Não chores ainda não o caminho de volta para casa, criatura. Adia então o intento de logar-te de novo a serviço da tua inicial indumentária, meio esquecida no fundo de ti, da qual o mundo te levou, pelo que sem dúvida ganhas pelas vias de fato que ele exige, para que lutes de bom lutar contra dentes e moinhos, mais do que contra fantasmas; e assim, hora não é de voltar à realidade dos assombros primeiros que sobre ti se moveram, àquelas areias sobre as quais o teu rio ainda deixa peixes. Foto e poema: Darlan M Cunha Obs.: Poema a partir de take the long way home – de Roger Hodgson.
NOVEMBRO O mês abriu suas portas e janelas, com pé cuidadoso, mãos sutis e olhar inquiridor, novembro avisou que veio para ficar, se possível, mais de trinta dias, pois quer ser lembrado lá na frente, quando seu pó já estiver bem assente, sedimentadas todas as camadas de que for capaz. Ecos de si mesmo é o que todo mês quer que haja no decorrer da minha e da tua vida, Foto e poema: Darlan M Cunha