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Assim somos nós, os malvados: corroemos pela base a base que nos corroeu, desde os primeiros tempos, desde os primeiros acordes dissonantes. Ao quarto dia, os malvados tornaram a aparecer. Vinham chamar ao pagamento do imposto de serviço as mulheres da segunda camarata, mas detiveram-se um momento à porta da primeira a perguntar se as mulheres daqui já estavam restabelecidas dos assaltos eróticos da outra noite, Uma noite bem passada, sim senhores, exclamou um deles lambendo os beiços, e outro confirmou, Estas sete valeram por quatorze, é certo que uma não era grande coisa, mas no meio daquela confusão quase não se notava, têm sorte estes gajos, se são homens o bastante para elas, Melhor que não sejam, assim elas levarão mais vontade. Do fundo da camarata, a mulher do médico disse, Já não somos sete, Fugiu alguma, perguntou a rir um dos grupo, Não fugiu, morreu, Ó diabo, então vocês terão de trabalhar mais na próxima vez, Não se perdeu muito, não era grande coisa, disse a mulher do méd
Espera em si que o ar da manhã se faça, o cão abra o sorriso, a mão cubra outra mão, e a areia cubra tudo. O LIVRO DE AREIA Abri-o ao acaso. Os caracteres me eram estranhos. As páginas, que me pareceram gastas e de pobre tipografia, estavam impressas em duas colunas, como uma bíblia. O texto era apertado e estava ordenado em versículos. No ângulo superior das páginas havia cifras arábicas. Chamou-me a atenção que a página par levasse o número (digamos) 40514 e a ímpar, a seguinte, 999. Virei-a; o dorso estava numerado com outra cifra. Trazia uma pequena ilustração, como é de uso nos dicionários: uma âncora desenhada à pena, como pela desajeitada mão de um menino. [...] Sempre em voz baixa o vendedor de bíblias me disse: - Não pode ser, mas é. O número de páginas deste livro é exatamente infinito. Nenhuma é a primeira; nenhuma, a última. Não sei por que estão enumeradas desse modo arbitrário. Talvez para dar a entender que os termos de uma série infinita admitem qualquer número. [...] J
DE SE IR EMBORA, OU DE SE ACHAR MELHOR ONDE SE ESTÁ, HÁ MUITAS CANTIGAS, MIL TONS , ARES & ÁGUAS, MAS QUE HAJA ALGO DE TI RECADO BEM TEMPERADO Duas amigas, não própriamente decididas a dar um novo rumo em suas vidas, mas, sim, a fazer valer um secreto e antigo desejo (há-os às pencas em cada um de nós), qual seja : o de serem cantoras, sim, cantantes, inundadas de dós e mis, tons e semitons, bemóis agudos e sustenidos maiores, ambas assim meio desassossegadas pela oportunidade que nunca lhes vinha, resolveram por conta e risco, dor e alegria próprias, dar vazão à vontade que logo se tornou um ponto de honra para elas mostrarem sua volição, o que significa, em psicologia, vontade própria para atuar. Fiadas nisso, reuniram um repertório que não as deixava dormir completamente, e se trancaram até que a fornada de seus anseios ficasse pronta para o usufruto geral, dando a todos a oportunidade de conhecer outra capacidade delas: a de cantar, sim, o simples e complexo ato de bem cantar
Da Existência dos Ritos na Criação Artísitica O conhecimento e a detalhada formulação da relatividade de Deus em face do homem e de sua alma constitui, quanto a mim, um dos mais importantes passos no caminho de uma percepção psicológica do problema religioso e, com isso, de uma possibilidade de emancipação da função religiosa das incômodas limitações que lhe são impostas pela crítica intelectual, por sua vez, também com direito a existência própria. CARL GUSTAV YUNG. Tipos Psicológicos, O problema dos tipos na criação poética. ******* Poema de Darlan Pense que não haverá equívoco, ventos, passado e águas não meterão medo, que o tempo dos sustos passou, nenhuma notícia precisará de ajuda para subir os degraus e entrar, ao invés de ficar lá fora criando coragem para dar-te com a boca na tristeza, diga ao sonho que seja ancho, pelo menos parcela maior dos pesadelos. foto: Darlan
Visita-me com toda a sua família o Amor, pedindo que eu lhe dedique algo mais do que uma canção, um talo de fome ou uma aguardente de cujo intento não possa se salvar Ninguém. Vê como é autodidata, como se acha relevante o Amor, este mísero sentimento de perdas & danos. (DMC) Rtusamhara (trecho), de KALIDASA (Índia, séc. ?) E com o seu afã constante, Kama, sempre amoroso, tenta o belo sexo. Agora, as mulheres de ancas redondas como cartolas, reluzem seus bustos adornados com colares de sândalo; suas cabeleiras, banhadas com aromáticas essências, seus pés arroxeados pela rica laca, com argolas de metal que imitam o grasnar dos gansos selvagens. ******* Decameron (trecho da 3ª jornada, 1ª Historieta), de BOCCACIO (Itália, 1313-75) No entanto, aconteceu que certo dia uma de suas companheiras as viu, desde sua janela, rodear o jardineiro e seguí-lo até a sua cabana, e em seguida fez saber disso as outras duas religiosas que estavam em sua cela. Este terceto de zelosas freiras resolveu
PARA ALÉM-LÁ DO QUE ENTRE GRAVETOS E GOTAS DIVERSAS POSSAM OS AMANTES USUFUIR. MEDÉIA: Estou na expectativa de acontecimentos há muito tempo, amigas, só imaginando o que pode haver ocorrido no palácio. Agora vejo um dos criados de Jasão chegar correndo aqui; sua respiração entrecortada indica que nos vem trazer notícias de alguma desgraça singular. MENSAGEIRO: Tu que, violentando as leis, premeditaste e praticaste um crime tenebroso, foge ! Foge, Medéia, seja por que meios for ou por que via, mar ou terra, nave ou carro ! EURÍPIDES. Medéia. ****** poema de Darlan O território se dá em azul, o dia não leve daqui a porcelana o engaste a víbora nela desenhada, sim, que as mãos que assumem a noite também assumam o resto da felicidade. ****** foto de jóias afegãs
DAS DIETAS despudoradas comemos umas e outras assim e assado recomeçam as danças pondo ventania qualquer nas ancas e soltando verbos e jóias com o bracelete de cada abraço, ah, Consegues ? Consigo, sim, morrer assim é tão grácil, cópia daquela chamada pequena morte , e por aí vai e vamos juntos e distantes feito a melodia onde já nos achamos e nos perdemos pelas plantas dos pés as formigas sobem e fazem arruaças com mil e um açoites até que desérticas as ruas e deserdada a invenção do medo sobre as vontades, já que somos mesmo do azar, então, vem e sobe na vida que a vida é degrau e é nossa a Escada Natural, ai ai ai, que bom morrer num outono assim sempre gemendo primaveras nos sertões também no inverno a gente se ajeita um no outro, até melhor, sim, morrer é invenção de filósofos, vamos lá, meu bem, minha flor, meu moinho de vento, meu escaravelho de ouro, minha canção do exílio, olhai os delírios do campo... (DMC) ****** poema de Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) És um escravo
E a vida ia entre os muros e as paredes... (Egberto Gismonti. Água & Vinho) DISSERAM: 1. Para a pessoa ser saudável, é preciso que ela tenha uma cabeça boa. Conheço pessoas que são assim muito certinhas e tal, mas que não têm muita cabeça [...] , embora este conceito de "cabeça boa" seja até vulgar. Dr. Elias Knöbel, Chefe do CTI do Hospital Israelita Albert Einstein, SP 2. Com a fotografia digital, não há mais contemplação. Carol Reis, fotógrafa (MG) 3. Se faz Política porque se pensa em mudar as coisas. Eu lhes aconselharia (aos jovens) a não aceitarem a insensibilidade... e há que evitar que toda uma geração caia neste logro (o da insensibilidade). Jean-Claude Jüncker, político belga 4. Com nosso sangue e carne construiremos uma nova grande muralha... Trecho do Hino da República Popular da China ****** Poema de Darlan ID & SUPEREGO O jeito desta sombra é o de não se conformar assim amarfanhada, ou rígida, em qualquer postura que não seja a que ela mesma escolha, r
DR U ZHBA Estando fora de si, os homens procuram os homens, não havendo mais do que um diagnóstico superficial acerca da pedra e/ou do plástico, do gás e/ou do divórcio (fumaça ?), das perdas e danos cotidiários, metem-se por aí, por desertos nunca antes vistos em suas lindezas e farturas (nem sempre fartura é lindeza). O entorno se fecha, abre-se pseuda-luz, e os homens e mulheres continuam vertendo risos e ladainhas, cada vez mais esperançosos de que tudo acabe logo. What's your reason ? não é nem será nunca a questão do momento. DMC ****** Poesia de Rejane Spiegelberg Planer Entre coisas simples e outras tantas tão complicadas Entre o que entendo e o que deixo de entender Está este amor que passa desapercebido presente para sempre E ausente simplesmente. ******* foto AP de dois mendigos russos. DRUZHBA é uma palavra eslava que significa Amizade.
CARGA & FISSURAS RESOLUÇÕES PARA O NOVO ANO: NADA DUPLICÁVEL, UM TESTAMENTO. Às vezes – disse - somos atraídos pelo que odiamos. Noutro lugar, alguém ainda menor disse que a coisa mais importante num bairro pobre não é a justiça, mas a comida, e logo fingiu procurar fazer face ao seu medo. Agorafobia ou síndrome de abstinência, algum suicida potencial ou à caminho da catatonia, algo da mesma estirpe e pelo menos do tamanho das ansiedades está nas raízes das resoluções de novo ano. Novo ano seja a tua contagem, única, genética. Melhor então prometer o que não se vai cumprir, melhor então cair numa cacimba e beber-lhe toda a água salobra, melhor então esforçar-se para infernizar a vidinha do próximo, da mulher, e preparar o mais exato veneno para a maioria. Há até mesmo quem pare de fumar, logo entrado o ano, pára por dois ou três dias, e logo se lembra de que o céu caiu no chão e não mais se levantou na memória dos Homens, enquanto a propaganda faz parecer á
O Buda sentado de foguinho & fogão entre alhos & cebolas avisa & entra & brinda ao amor violando regras mas levando dos praianos (ho ho ho) a partilha: Feliz Ano Todo ! Trazido do blog MONTREAL TALES (and I couldn't resist to put a smile on my Page !)
Algo me diz da importância de tudo, da suave passada do vento, porém, algo permanece sob Incógnita. As paredes eram enfeitadas com monstros macrocéfalos, ovos de avestruz, peixes-gato e fetos em formol; do teto, acreditou adivinhar a carmelita, pendiam víboras secas, perucas eriçadas que simulavam mandrágoras, uma esfera de ouro perfeita, um camaleão albino, uma iguana de seis patas, embora sem nós nem rabo, e o fêmur direito de Adão. Num canto, sobre um tapete branco, com os atributos de Osíris entre as patas dianteiras e almôndegas avermelhadas numa grande bacia verde esmaltada, entretinha-se, arrogante e burlão, o bichano siamês que corroborava as pertinentes suspeitas da religiosa. SEVERO SARDUY. Colibri. ****** Poema de Darlan Implícita e explícita, numa só gota de plasma teu, irremissível, está a minha caminhada rumo à ilusão de nome felicidade - portanto, sem nada, mas necessário se faz que eu vá. ****** Recomendo: o trabalho de paciência da professora-pianista Beth Ribeir
Tinham consigo que o pântano era real, factível o sonho, terno e também abrupto o desejo, e inevitável a vitória - desde que juntos estivessem. Um dia a porta da casa tremeu de modo único, diferente de tudo de todos que por ali tinham deixado marcas, ou tentado, sim, o meio-fio entupido de sarcasmos ali nunca antes concebíveis, flores cegas, flores tornadas cegas pelas próprias vestes, pássaros todos eles sem pássaro algum na garganta, sol nenhum nas unhas das galinhas, nas escamas dos peixinhos perdidos nalgum aquário de mall, sim & não, o impacto foi avassalador, olhos nos olhos nunca fora mesmo um hábito daqueles habitantes, e muito menos agora o seria, agora que aquela catástrofe maravilhosa cercara o lugar, mulheres sempre elas as mulheres dando tudo de si através daquele riso insuportável de que só as mulheres - e só as mulheres loucas - conhecem os meandros, os travos e os mais íntimos falatórios. Ah, que dia, que noite, que ausência de dia, um dia sem data na porta daquela
Porque o que tenho para nós não é só uma questão de fé no amor, nem o amor vencido em seu tempo de encantamento... é mais A Revista MINGUANTE , de Portugal, que tem nas mininarrativas o lema principal de sua investida no variado elenco de outras revistas não menos importantes, apareceu há poucos meses, e já é, sem favor, comentada com o devido respeito que se deve ter diante de algo não elaborado com pressa, presa que está, desde o início, de uma vontade, de uma percepção que não a destruirá. Embasada nos minicontos, como foi dito logo aí acima, publica também fotos e poesia, sendo que para cada número há um tema préviamente estabelecido. Bimestral. Eis que o autor deste blog teve, pela segunda vez, textos seus selecionados e publicados pela prestigiosa publicação, o que o deixa assaz contente, por figurar entre pessoas de outros países de língua portuguesa, bem como de autores / as da Espanha, que constituem a fonte de textos para a qual a revista está direcionada. Espero-te lá: h
A insônia é arcabouço nosso, a boca formiga, um sexo em compota degela a sombra: Tu, e não eu, sabes atar o céu ao rosto, coar os intentos do mal no ateu. Vejamos: Algumas dizem que não sabem uma técnica de descascar laranjas sem que o chão fique regado pelos pingos, cascas e impropérios seguidos de risadas. Outras dizem que não se empestam mais para tentar novamente uma troca de pneus, embora urgentíssimas em uploads, não se apressam em saber os desejos da aningapara, ainda que seja fácil (mas nem mesmo o amor é fácil, não, nem mesmo esta salada de perdas & danos é fácil de se mantê-la em equilíbrio, devido aos inúmeros temperos cotidiácidos e renitentes que vêm de não se sabe de onde). Vejamos: Há também aquelas que se mantêm mais ou menos afastadas de tais conversinhas amenas, até pelo fato de que se tornam logo umas pimentas - sem reino ou com reino - e então há aquele lacrimejar quase generalizado, e nem mesmo certas crocodilas gostam insistentemente disso, nem as hienas e as
ANDANTE... MA NON TROPPO, UN POCO MAESTOSO. ZEN MA NON TROPPO (io sono pazzo) ****** O responsável por este blog, do qual muito se orgulha - PALIAVANA4 - aniversaria hoje. De meditar e refletir o meditado sempre foi e será tempo, parece-me que cada vez mais. ****** Poema de DARLAN LEVEZA Da boca da noite repenso o dia, flexiono os lábios rumo a algo inaudito, maior porém do que o abismo do esquecimento, o juízo de valor entre águas de dois rios que se encontram e que, teimosos e ranzinzas feito casal jovem, só mais à frente vão se dar as mãos e os pés.
procuro a orquídea de um rapaz berrante, o deserto da moça no túmulo de um soldado desconhecido, ainda vendo no próprio seio a salvação Bocas & Mentes 1. Tremes, Horácio, estás pálido ! William Shakespeare. Hamlet 2. ...mulheres tão desesperadamente lindas, que dá vontade de comer-lhes o retrato. Carlos Drummond de Andrade, poema América 3. La Legge è uguale per tutti. Corte italiana 4. Depois de uma certa idade, acho que o homem não pode se deixar frustrar. Yves Montand, ator 5. Você pode nadar para onde quiser, mas não faça ondas. Provérbio afegão 6. A penny for your thoughts. Li isso, ilustrando foto de um bem-cuidado gato, no FLICKR. 7. An Athlet's Secret Weapon. Propaganda num estádio europeu 8. Mão direita vem por cima, mão esquerda vem por baixo. D. Delza, Rendeiras de Morros da Mariana, PI, mostrando como lidar com bilros 9. O Pequeno Príncipe, uma vez na Terra, ficou surpreso de não ver ninguém. Saint-Exupéry 10. E o Congresso não faz nada contra a vontade de
até que verdadeiros grãos de riso e ecos de gozo se sucedam, nada nosso pertença ao mundo conhecido O LIVREIRO DE CABUL "Nós não iremos a lugar algum, enquanto seres humanos, se não cometermos erros." A jovem jornalista norueguesa Asne Seijerstad trabalhou no Iraque, tendo antes passado cinco meses hospedada com uma família no Afeganistão, cujo chefe se chama Sultan Khan. Com direito às regras locais, às poeiras física e psicológica que sotopõem aquelas mulheres ao que há de tão incompreensível para uma grande parte do mundo, à pesada burka, às compras, ouvindo os dois lados de uma mesma questão que, decerto, comporta mais ângulos, ela, uma vez terminada a sua estadia no país afegão, começou a escrever as suas impressões de tal experiência. Vigiado, perseguido e preso pelo Talibã, Sultan Khan foi livreiro durante 30 anos num país totalmente de analfabetos, tanto na escrita quanto pelo desinteresse em verem à frente, ou sequer periféricamente, e já lhe havia dito que
pálida fonte, a esperança se perde entre as partes, implode em mil Versos taliânicos (Talião) assentaram-se sobre a mesa deste domingo, quando soou a ventania da condenação. Cãodenado à morte, com mais dois (paralelo proposital com o Cristo ?), eis que SADDAM HUSSEIN reclamou com veemência, pelo fato de não aceitar, de jeito algum, uma morte apócrifa por enforcamento. É taxativo: exige ser fuzilado. Exige o seu direito. Certíssimo. ****** Poema de Darlan Ânforas Assenta-se sobre cada intenção um areal, forçando para o lado oeste as palmeiras e tamareiras onde um vento nefasto se diz antigo mas é só de fachada. Sopra entre certos nomes o nome avulso que rirá por último, tudo aqui e ali se faz a pedido, a mando de que não se fira demasiado quem há muito (se) fere em silêncio, quase sempre aos gritos de que Deus é grande, de que a Natureza tudo pode sobre os vermes, enfim, de que é preciso estar atento e forte, não só dual-dual, sempre a vigiar de que lado está a madrugada, para que lado
De quanta cena se faz o futuro, e de massa o passado. NOVEMBRO Está vivo, começa hoje e nada promete, senão irromper diferente de outros idos, trívio, cada vez menos per capita se faz este antecessor de dezembro, indo comigo penetrar no que se deve manter vivo, e nada de restaurações ambíguas nem de dedos amarrados à solércia de um risco calculado, como se faz hoje com tudo, ora melhor deixar pranchetas aos arquitetos de pontes concretas e férreas, o ferraço ao qual se refere o poema é de outra estirpe, não um naipe sobre a mesa verde (Achtung: Die Grüne Tisch), não, nada será como se deseja: nem a salada de legumes nem a de imigrantes, o amanhã vai tropeçar em você, vai conservar fevereiro pensando nas colunas senão nas lacunas a se evitar em novembro. Novembro. ****** (DMC - 01-11-2006, 06:25h) . Foto: Darlan. ****** Tem razão, interessa, faz alguns meses que comecei a suspeitar que interessa mais do que eu pensava. Mas, não me fustigue. A herança é um resultado, um finale. A polí