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ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA / BLINDNESS *** Aqui está um 'trailer' do filme Blindness, do diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus), a ser lançado em breve. Baseado no livro Ensaio Sobre A Cegueira, do José Saramago, o que, por si só, fará com que vás ver o filme - mesmo que não tenhas lido o livro, cujo tema é uma cegueira, de origem não identificada, que vai acometendo a todos de qualquer idade, sexo, religião, poder aquisitivo, patente militar, enfim, nenhuma gradação social escapa da cegueira que teve início atacando um médico, todas as pessoas - menos uma. A tensão aumenta devagar através dos incontáveis atropelos da vida diária que arranjamos para nós mesmos, as obtusidades infinitas, as teimosias, enfim, somos uns pobres-diabos sempre tentando morder o que sobra do rabo alheio. José Saramago nunca brinca, embora seus livros sejam repletos de ironia não necessáriamente amarga, de lances realmente engraçados, pois ele, assim como eu, sabe que a tolice não tem fim - medra em
QUER AMAR LÁ PRAS BANDAS DO MAR. *** AREAL Batendo contra rocha quebrada a proa mas não o imaginário, continuou maior do que o piso instável da água, sim, quebrando a popa mas não os traços de sua particular civilização, continuou maior do que o riso não amigável da areia escondida na mão fechada, à sua espera (DMC) Arte: Víctor Medeiros de Moraes (Sete Lagoas, MG)
AH, ESTA grave patologia que se chama Bibliofilia ! ( DMC ) Visite a BIENAL DO LIVRO , em Belo Horizonte, de 15 a 25 de maio. ***** ESBOÇOS & RUÍDOS Falando só o necessário silêncio, respondi a todas as questões, fiz esboços e rascunhei mais desenhos do que vi e do que não pude ver, amando que as águas invadissem tudo, quando choveu mais do que previram os meus rancorosos senhores, minhas ardorosas senhoras. (DMC) ***** LEIA-ME AQUI / READ ME HERE: Novamente fui honrado com a publicação de um texto meu na prestigiosa revista (online) portuguesa MINGUANTE, dedicada à literatura e à fotografia, em especial. Esta é uma publicação aberta à participação de qualquer pessoa dos países de língua portuguesa. AQUI: minguante.com/?num=10&textos=darlan_cunha ***** GENTE BOA, A partir de 14 de maio de 2008, a convite do seu Idealizador, Sr. JB VIDAL, faço parte do excelente Sítio denominado PALAVREIROS DA HORA, o que muito me alegra. AQUI: palavrastodaspalavras.wordpress.c
DAS PERDAS, SÓ SABER QUE EXISTEM - INCLUSIVE O CÉU. (DMC) ***** BOBAGEM (Maria do Céu Whitaker Poças) Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir Bobagem pouca - besteira Recíproca Nula - A gente espera Mero incidente - Corriqueiro Ser mulher - A vida inteira Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir É um belo samba Que ainda está por vir ***** Esta garota tem uma visão bem acessível da vida, suas letras não deturpam o cotidiano, nada esfolham, sem serem cruas, menos ainda banais. Sua linha melódica é serena, nada tendo de espalhafato. (DMC) ***** Mais CÉU: 1. http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL24794-7085,00.html 2. http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=Noticias&SubArea=Noticias&ID=843&Month=11&Year=2005&css = 3. http://www.artistdirect.com/nad/store/artist/album/0,,4
DA TESSITURA DAS COISAS DE ANA EM ANA, ANO A ANO, ÂNGULOS MAIORES E MAIS CLAROS Ao ver esta fotografia feita por ANA-DIDI (linque abaixo), lembrei-me daquelas lojas em cidades do interior do Brasil, todas elas cheias de peças de tecidos com cores e tessituras mil, simétricamente arrumadas nas prateleiras, o cheiro de tecido limpo, tantas cores quanto as que há nas frutas, legumes e verduras em todos os mercados do país, sim, sem esta correria maldita. Eis que me vem da memória cansada de guerras o valor das cores interiores, os argumentos sólidos em busca de algo prudente quando diante de alguma dificuldade estávamos, ou estivéssemos, e assim se formou a minha geração – “ y así seguimos andando / curtidos de soledad ” -, e hoje noto com mais clareza o que sustentou, melhor, de que se sustentou a geração da qual insisto em fazer parte, confluindo para dentro da Motivação, motivação que anulava uns velhos preceitos meramente antagônicos, receitas embasad
TESOURO REENCONTRADO / FIND TREASURE. Poucos livros, dos inúmeros que li, me levam alguma vez de volta a eles - e os livros do matogrossense Manoel de Barros (1916- ) estão entre estes. Neste que aqui está, ele me fez uma dedicatória, há alguns anos, com estas palavras: " Ao poeta da música - Darlan - abraço fraterno do Manoel de Barros ." *** Autographed by Manoel de Barros. Manoel de Barros has become something of a legend in his own time in Brazil. He was born on December 25, 1916 in the city of Cuiabá located at the Brazilian State of Mato Grosso. He's a farmer. (DMC) ***** LIVRO DE PRÉ-COISAS De tarde, iminente de lodo, is sentar-se no banco do jardim. (Diminuíram o seu jardim de 40 roseiras e uns vermes). Lesmava debaixo dos bancos. O homem sentia-se em ruína: um lanho em vez de torso era sua metáfora. As ruínas só serviam para guardar civilizações e bosta de sapo. Amava caracóis pregados em palavras. Manoel de Barros ***** ASSIMILAÇÃO

ANESTESIA SOCIAL, COMA GERAL, O CRIME COMO CATARSE

Há tempos, todos estão sob um sopor enorme, anestesiados, presos a tanta pequenez que é difícil projetar o quão mais fundo no lodaçal se poderá ir, pois tudo é pressa de ganho, pavor de perder o relógio (mas não o Tempo), e me lembro do compositor dizendo que “meu tempo é hoje”. Mortes violentas, pavorosas, são parte e totalidade do cotidiano geral, pois a cidade é suicidade, monstrópole, campo de tiro ao alvo, fuga e refugo laboratoriais, palco das nuanças mais díspares sabendo a morte. Levantado do chão não há como ser, se morta a esperança. Quando se joga alguém de um prédio, corrobora-se qual sistema: o límbico ? o econômico ? o sistema nervoso central que chegou ao limite ? O que cai de um prédio, junto com alguém: a mísera fé judaico-cristã ? a pífia arquitontura muçulmana ? o idioma putrefato da psicologia clínica ? os fios e tramas dos modistas ? Pode-se comprar testemunhos falsos numa feira qualquer, mas o que há no acervo teu, no do outro, no geral, que ainda não se tenha vis
CANHOTO DA PARAÍBA (1926-2008) VAI, AMIGO, SER CANHOTO NA VIDA Mais de uma vez comentei sobre o cidadão absolutamente acima do comum, chamado carinhosamente de CANHOTO DA PARAÍBA, nalgumas páginas na Internet, como o extinto blog PALIAVANA (hoje, PALIAVANA4.blogspot.com), e o também extinto sítio no Multiply (hoje, AEIOUAR.Multiply.com). Foram postagens com fotos, dados pessoais e até mesmo disponibilizando algumas músicas dele, com ele ou com o excelente violonista Fernando Caneca, bem como uma gravação dele com o precocemente falecido violonista carioca Raphael Rabello (1962-95). Mestre naquilo que em todo o mundo se considera "o violão brasileiro", ou "o jeito brasileiro de se tocar violão", com suas técnicas infindáveis, seus macetes mil, suas sem-vergonhices tão por todos apreciadas, sim, porque é um tal de passar as mãos no corpo escultural do violão, que não há quem não note no violonista de boa cepa uma tendência inenarrável para o amor às boas
ANTOLOGIA DE ALGUNS ENGANOS A tantos escudos tornar-se afeito, por tantos desnudos tomar outros eitos e, talvez, trejeitos com todo o cuidado levar as mãos aos seios, à boca, ao sexo, ao peixe deitado no aquário, sim de tanta fome corroída pela sede maior de se querer dentro das coisas e das gentes é que monto vigília a estes ladrilhos e desmonto a quadrilha que sobre tu e sobre mim já se fazia raiz. (DMC) Auto-retrato com a musa 3 quem amo tem cabelos castanhos e castanhos os olhos, o nariz direito, a boca doce. em mais ninguém conheço tal porte do pescoço nem tão esguias mãos com aro de safira, nem tanta luz tão húmida que sai do seu olhar, nem riso tão contente, contido e comovente, nem tão discretos gestos, nem corpo tão macio quem amo tem feições de uma beleza grave e música na alma flutua nas volutas de um madrigal antigo em ondas de ternura. é quando eu sinto a musa pousando no meu ombro sua cabeça, assim me enredo horas a
Vamos ao Desconhecido, novos medos inventaremos, talvez até alguma Luziânia (dmc) SUMAIMANA (excertos) sem portulano de aviso nem rota de margaridas teu passo chegou certeiro ao lugar que te cabia e em meio à gente das velas, na festa de Sagres, era teu rosto o que mais me comovia [...] se a luz de açúcar transborda pelos beirais, é que joão está beijando letícia e seu braço acorda o rumo dos girassóis. [...] no passo em que o vento carrega suas águas, tigres, de seda, indícios de floresta penetramos [...] e por mais que o homem se aparte dos arcos que o outro salta, lavra o lobo seu encanto e ainda que adernem joelhos pedro paulo joão e alice, não mais que nós roemos deus com agudíssimos dentes [...] REGINA CÉLIA COLÔNIA. Sumaimana. INL / Livraria Francisco Alves. RJ.1974 ***** Há muitos anos adquiri este livro de timbre único, de exce
De mar em mar, às raias do Nada fui dar. La utopía impuesta Escrito por: Yoani Sanchez en General , Abril,10,2008 Habito una utopía que no es mía. Ante ella, mis abuelos se persignaron y mis padres entregaron sus mejores años. Yo, la llevo sobre los hombros sin poder sacudírmela. Algunos que no la viven intentan convencerme –a distancia- que debo conservarla. Sin embargo, resulta enajenante vivir una ilusión ajena, cargar con el peso de lo que otros soñaron. A los que me impusieron –sin consultarme- este espejismo, quiero advertirles, desde ahora, que no pienso heredárselo a mis hijos. *: Yoani Sánchez é cubana, filóloga. Seu blog GENERACIÓN Y é muito visitado. Tem sumo. *** DOCE AMARGO Os ontens - todos - já se foram. Apaga, rápido, a luz. Breve será o abraço, mas o bastante para que frema um último instante. Não receies. Passa
WHERE THE CRITICS LIKE TO BE. OS ATIVISTAS Assentada no meu colo a hipocrisia faz total zoeira na insônia dos outros, de outro mundo ela é e ajeita-se comigo ( igual e diferente a barlavento, nosso barco não encomenda mitologias, mas faz com que subam a bordo, espontâneamente, ou não, os peixes ), assim sentada no meu solo de clarineta, ela, a detenta de si, a hipocrisia gira os traços sempre rumo ao além-lá do que podem os homens comuns que com ela querem safar-se deste cotidiano desgraçado ( o deles, não o nosso ), e assim reescutamos o palhaço, de egberto gismonti, e novamente reencetamos o andar e refazemos a lona do nosso inigualável circo cheio de feras-só-feras-ferazes e ferinas, palavras, sim engarranchada no meu dorso a hipocrisia vaza constituintes e núcleos evangélicos, de outros mundos ela faz gírias e bordados de risco, questão de peso & medida, ela me morde a língua e me causa pirexia ( sabem como é, né ? ) e
Vamos ? SINAIS Quantas vezes não se volta a si, mesmo com o acervo avisando ? E não é noite nem dia, ninguém que abra um alimento ou feche para ti o frio, definitivamente esgotada numa esquina onde uma oficina late rebites, gente encomenda idílios e suplícios. DMC foto e poema
Não verás raiz nenhuma igual a esta. UNSERE WELT HAT 1000 RÄTSEL Deita-se as mãos num cotidiano cada vez mais assimétrico onde ninguém nunca nada permite a ninguém conduzir sozinho seus valores em labirintos onde trafegam cavalos e homens assassinados, enigmas (Rätsel) de um mundo de não se deitar fora um bolorento não aos cães à porta, sarnentos para uns e umas e outros um rasgado extravio à luz, agravos por algum elogio à loucura do homem sem qualidades, atavios feito uma elucubração atrás de comida de onde garfar trajetória que iluda amantes com a polpa desconhecida do verbo amar e sua pegajosa lei de confisco para o qual se perde odor e peso na cama, no sofá a vida transmediática progride e agride outras vinhas, trans- corre para fora de si pela cisma e sismo que é levar por sério o que entre pessoas se faz costume: deitar no chão do cotidiano alheio destrossos, jardim de cinzas, turvos trinômios ou diálogros.
mesa para o mundo FEBRICITANTE Procura-se até achar entre mil papéis velhos com pedaços da própria vida o que não se quer e também o que se esqueceu e, ainda mais, que se deve a tantos e tantas uns agradecimentos ou mesmo lágrimas, e a outros umas satisfações menos chegadas a um amistoso ou fraterno abraço, sim procura-se entre escombros e faúlhas as fagulhas que motivam a tanto e a tão pouco, esquecida ou esquecido de que a vida é susto, minuto, sempre sob chuvas e secas pavorosas. O que te fizeram os teus antônimos e sinônimos, claros ou anônimos ? DMC *** imagem: O Escritor. Giancarlo Neri .
mapa de nada, in ou out, dia & noite, nada de mapa VIDROS GRITAM NA MANHÃ GRIS DO LESTE FOGOS ESTEREÓTIPOS, 1 na índia, comer não é importante; nem mesmo vegetar. os hindus sempre reforçam em mim a distância de 180º (a menos incompleta das distâncias) pelas asperezas do branco passando assim por sua vida toda ela em branco, jardim de cinzas, subjugados a deuses e deusas multiplicados para além-lá do absurdo (revejo os tipos psicológicos), pelos tropassos da casta bhil delineando manhãs que na índia não há, brâmanes inculcando o mando e a crença, janistas subjugados às suas mínimas ou minimalistas formas de interpretação da vida (a interpretação dos sonhos, ou será melhor dizer fabricação do real e fabricação da loucura ?), seus templos dedicados ao rato, fiquem lá com seus ecos ruminantes e seus espectros milenários, ossadas futuristas servindo de adesivo a ocidentais parasitas ou borboletas deslumbradas. comunicar também é isso, e o outro lado da índia sobe na pressa ao
MÓDULOS & NÓDULOS SÃO MEIOS DE MEDRAR, MODOS DE MEDIR A MASSA & SEUS METAIS, SEUS MÉTODOS & MANIAS Imagem de Edson Soares. FLICKR. CABER Teu sorriso diante do canteiro que tens em mente, uma flora desconhecida dentro de ti se arma e medra de modo a que o cheiro verde (sempre um cheiro verde a vida) assente-se contigo, falando só o necessário silêncio. DMC Publicado nos comentários no Blog POPORTUGAL, da excelente cantora EUGÉNIA MELO E CASTRO. Aqui: POPORTUGAL
Também assim caminha a human idade Les samedis littéraires, die neue reise, a bad word: família Em família numerosa há sempre alguém adoecendo ou morrendo, e todos vocês estão sempre concordando consigo, abrindo acordos mútuos e de mão-única tecidos aos montes pelos veios da mina, acontecendo que cada hora os aproxima de darem comida aos maçaricos e aluviões, não aos passarinhos e gaviões ( uccellacci e uccellini ), sempre aberta estando a poltrona onde a criatura espera e regurgita pensamentos dúbios (por aí podes ver a bitola com a qual os humanos te cingem e te excluem : ou és bom e boa, ou és mau e má). A família existe para adoecer o pão, fermentar e envenenar colheitas, roer as minúcias da fala e cair de borco sobre as sementes, clementes ou cunhas ferazes sejam, ecos de sermão, gordura suína e sangue de cordeiros... quiseras tu passar um tempo entre os Médici, os Bragança, na corte do imperador Qin, numa farrinha-sexo com os diletantes Heliogábalo e Sardanapalo, ora a família e
TELMA CUNHA NASCIMENTO (04-01-1954, BRASIL / 04-02-2005, USA) Minha irmã. O marido Idalmo, e as filhas Cris, Fabiana, Flaví
A DEMÊNCIA DO SORRISO RÚCULA e ABÓBORA Ninguém lhe falara assim sob marcas contínuas de água e sal, e é de se encolher sob tal ousadia, sim não tendo paciência para o belo que a humanidade janta, nada lhe falaram a respeito de erupções entre uma voz e outra, para o bem da verdade, há muito tempo ninguém sorri para mim, comigo. DMC