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De mar em mar, às raias do Nada fui dar.











Habito una utopía que no es mía. Ante ella, mis abuelos se persignaron y mis padres entregaron sus mejores años. Yo, la llevo sobre los hombros sin poder sacudírmela.

Algunos que no la viven intentan convencerme –a distancia- que debo conservarla. Sin embargo, resulta enajenante vivir una ilusión ajena, cargar con el peso de lo que otros soñaron.

A los que me impusieron –sin consultarme- este espejismo, quiero advertirles, desde ahora, que no pienso heredárselo a mis hijos.


*: Yoani Sánchez é cubana, filóloga. Seu blog GENERACIÓN Y é muito visitado. Tem sumo.

***

DOCE AMARGO


Os ontens - todos - já se foram.

Apaga, rápido, a luz. Breve

será o abraço, mas o bastante

para que frema um último instante.

Não receies. Passará depressa.


Telmo Padilha (1930-97)

***

Foto: Emanuel Amaral.

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