Pular para o conteúdo principal
CANHOTO DA PARAÍBA
(1926-2008)








VAI, AMIGO, SER CANHOTO NA VIDA

Mais de uma vez comentei sobre o cidadão absolutamente acima do comum, chamado carinhosamente de CANHOTO DA PARAÍBA, nalgumas páginas na Internet, como o extinto blog PALIAVANA (hoje, PALIAVANA4.blogspot.com), e o também extinto sítio no Multiply (hoje, AEIOUAR.Multiply.com).

Foram postagens com fotos, dados pessoais e até mesmo disponibilizando algumas músicas dele, com ele ou com o excelente violonista Fernando Caneca, bem como uma gravação dele com o precocemente falecido violonista carioca Raphael Rabello (1962-95).

Mestre naquilo que em todo o mundo se considera "o violão brasileiro", ou "o jeito brasileiro de se tocar violão", com suas técnicas infindáveis, seus macetes mil, suas sem-vergonhices tão por todos apreciadas, sim, porque é um tal de passar as mãos no corpo escultural do violão, que não há quem não note no violonista de boa cepa uma tendência inenarrável para o amor às boas coisas, enfim, um exacerbado amor a tudo e todos.

FRANCISCO SOARES DE ARAÚJO – CANHOTO DA PARAÍBA - faleceu na quinta-feira, 24 de abril de 2008, no Recife, vítima de acidente vascular cerebral. Em 1998, sofreu uma isquemia - que lhe foi física e emocionalmente fatal, por paralisar seu lado esquerdo, impedindo-o de dedilhar o amado amigo.

Mas temos a felicidade de saber que ele gravou quatro discos, entre os quais, Pisando Em Brasa; que tocou e foi admirado por gigantes como Pixinguinha, Jacob do Bandolim, Radamés Gnatalli e Paulinho da Viola.

Neste momento em que escrevo sobre ele, lembro-me de que o meu primeiro contato com um trabalho do CANHOTO foi quando o meu hoje falecido irmão caçula Eduardo – naquela época com uns 18 anos – chegou em casa com um LP novinho do dito craque, comprado na loja do DCE da Escola de Engenharia da UFMG, que ficava perto de casa, em Belo Horizonte.
*****
Darlan M Cunha.
C
omentário, aqui, com acréscimos, feito no sítio VIOLÃO BRASIL: http://www.violaobrasil.com.br/canhoto-da-paraiba-morre-aos-82-anos-em-pernambuco#comment-1680
MAIS:
http://www.paraibanews.com/colunistas/canhoto-da-paraiba-respira-sem-ajuda-de-aparelhos/


Comentários

  1. Canhoto da Paraíba nasceu em 19 de março de 1926, segundo informações de sua filha Vitória. (O dicionário Cravo Albim foi que "popularizou" o erro de 19.5.1928) Ele possui até um choro de nome "19 de março", composto por ele mesmo em homenagem ao dia.
    Outra: ele não faleceu de enfarto, mas de AVC. Por último, em meu blog http://urarianoms.blog.uol.com.br/
    há o texto "Oração para Chico Soares, Canhoto da Paraíba" que corre mundo. Abraço.

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Bem-vindo, Bem-vinda // Welcome // Bienvenido

Postagens mais visitadas deste blog

alto & baixo

Barreiro - BELO HORIZONTE, MG * Todos fogem, querem mudança em sua mesmice, novos degraus com textos e tetos, de um modo ou de outro, sentem que a vida é minuto, frutas murcham depressa, animais logo estão cada vez mais sisudos e mal-humorados, e assim chegam às monstrópoles, às suicidades. * Darlan M Cunha  

calmaria

  Uma calmaria aparente dentro da aldeia, sobre ela uma zanga de nuvens - mas não se deve levar nuvens a sério, por inconstantes - sina - e levianas feito dunas e seixos escorrendo e escorregando daqui pra lá, de lá para além-lá, feito gente nos seus melhores e piores dedos, entraves, momentos, encontros e despedidas. Um gotejo aqui e ali, mas outro tipo de gotejo num lugar da casa vai trazendo à cena o verso do português Eugênio de Andrade (Prêmio Camões 2001), decifrando a lágrima: " a breve arquitetura do choro ." Darlan M Cunha
  TREM DOIDO DE BOM     Lembrei-me, neste instante, de um termo jocoso, bem capiau, daqueles que deixam o cabra assim meio na dúvida, ou seja, se está sendo gozado, ou não, porque é mesmo engraçado, simplório. - "O senhor tem canivete aí, do tipo de folha larga, assim de um dedo de largura, bom pra picar fumo, e outras coisas ?" - "Bão, tê, tem, mais já acabô. Mais iêu vô di pudê incumendá pro Snhô Voismicê lá na capitá Béózônti, qui daqui trêis día, sem saculejo di atrazo, já tá aqui incima du barcão, prontim pra Vossa Sinhuria fazê uso do bichão, qui é mêrmo muito bão." - "Pois o senhor me faça o favor de pedir um para mim, de preferência com cabo de madrepérola, mas se não tiver, que seja de cabo de osso." - "Será feito, patrão. Agradicido."   _  Darlan M Cunha