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KIKA (12.10.1993 / 29.06.2007) Uma vez que se apossam de ti certas criaturas - e aqui fica de fora qualquer chance de se falar acerca de uma palavra usada pelo meio psicanalítico, qual seja a palavra "transferência" -, não há como ficar imune ao que lhes suceda, pois fazem parte da tua casa, do teu cotidiano. texto e foto: DMC
SEM ATALHO Traça com a tua negra e clara canção os riscos pelos quais ainda passarei, riscando com o fervor das tuas voltas e re-voltas o nome que eu quero dizer sem poder; rasga comigo, leite noturno do céu, o descaminho mais doloroso, o melhor, o mais fundo, rumo ao que ainda não pude. (DMC)
ACONTECE DE TU E EU ESTARMOS ASSIM: PRÓXIMOS... ***** JOAN MIRÓ REVISITADO Olhando pra lua olhando pra mim, olhando pra quem o cão olhando pra rua ? Foto e poema: DMC
IRMÃOS x HERMANOS GOO DBYE, S OU TH AFRI CA 2010 ! O CLIMA / THE RESONANCE. OS FANS / LOS HINCHAS. Fui ao Mineirão pra reviver o clima de um estádio cheio de loucas e malucos, um estádio renovado, limpo, belo, festa com direito a boate dentro do estádio, shows do SKANK e do JOTA QUEST (ambos mineiros), com a presença do Governador Aécio, do Pelé, etc... e o Brasil saiu sob tremenda vaia, após o 0x0 contra a Argentina. Voltei só hoje de manhã. É isso. Valeu por estar lá e engrossar o caldo contra a pífia, sofrível ÇELESSÃO. ADEUS, ÁFRICA DO SUL, 2010 / GOODBYE, SOUTH AFRICA 2010 !!! (DMC) ***** www.myspace.com/darlanmc
ENTRE PÃO DE QUEIJO & TUTU A MINEIRA, CORDAS & MINÉRIOS. ***** ACERCA DE UMA EXTENSÃO MENTAL: "MANUEL, O AUDAZ" Cada vez que ouço esta canção, vem-me à mente a percepção sempre mais aguçada a respeito de como certas canções (poucas) “entram”, melhor, mostram imediata e definitivamente a psique da gente e do Tempo desta mesma gente que, em primeira e última análise, a escreveu. Viajar é mais... Esta canção de nome Manuel, o Audaz , carrega consigo o pó de ouro das legítimas amizades, o diamante das esquinas, o rubi dos beijos... testemunha viva do tempo de ler, do tempo em que se emprestava até escova de dentes ... hehehe, sim, pode rir comigo, do tempo de sair para dentro de si mesmo. Se já nem sei o meu nome... Isso foi ontem ? trasanteontem ? Foi agora mesmo. Sempre. Lágrimas ? Sim, claro. DARLAN M. CUNHA (Belo Horizonte. Ex-morador na Floresta. Sta Teresa, Horto, Sagrada Família, ou seja, de ver o "Clube da Esquina" nascer). ***** Ví
VONTADE (minha) DE BEBER COALHADA E TOMAR BANHO DE RIO, PELADO. (DMC) ***** Os anjos da paz [...] Porque do rosto arrancaram a velha e sinistra máscara de algozes petrificados e sobre o rosto colaram a doce e ferida face de mortos purificados. Não são menos as reservas de rudes conquistadores não são menos as relíquias dos injustos, dos impróprios, dos de sempre vencedores. [...] JOAQUIM CARDOZO. Poesias Completas. ***** Foto: Sennor Ramos. Escultura: Demétrios Albuquerque. (Recife, PE).
DESDE O PRIMEIRO SOPRO, ÉS O QUE NÃO SOU DE TODO. ***** OS POROS À LUZ DE UMA CANÇÃO A curvatura da luz no dorso do instrumento causa, em ti e em mim, no todo da condição humana, uma fenda através da qual, caso se queira, se pode ver o que uma canção nos dá assim que sua florália toda se desdobra com o dia. DMC ***** Imagem: Vrksasana. Karl_Eschenbach. FLICKR.
BOLO DE LARANJA / ORANGE CAKE Anniversary of great portuguese singer Eugénia Melo e Castro. Happy Birthday. ***** ECOS Emissária de um rei tu não és, senão de ti mesma, sobre nós incidindo com raios de fome e sede com os quais nos mantemos lúcidos a ouvir-te passarinhar sobre os descalabros do mundo - em ré menor e em sol sustenido maior... sim, e não te ponhas assim em desespero neste lugar sem data nem nome, lugar que talvez se chame beco de tiso ou beco do mota. Tenção de amar está no ar a totalidade da nossa ânsia por ti, mas canta para nós uma vez mais antes de ires a outros mares e palcos e palanques, estrados e estradas. Vê: longe é perto, perto é distante demais embora a garra dos mortais nos diga sempre algo forte, de olho por olho e dente, e a minha geladeira não tem tranca, minha boca também não e nem se ilude com as ferramentas do puro prazer num charuto ou num par de cílios trazidos do norte, rubros nacos de riso esperamos de ti, sim e não... melhor cantar sem considerar q
ANTES QUE O DIGAM INCAPAZ DE PERCEBER A LUZ. ***** P&B Por trás da fotografia em preto & branco vive o convite, manual de interpretações mil,cada um de nós audazes sejamos, cada um e cada uma para irmos lá e refazer com dentes & unhas as contas que abrem o imaginário. poema: DARLAN ***** Foto: HEE-HAW, ukjc07. FLICKR
ENSAIO SOBRE A CEGUEIRA / BLINDNESS *** Aqui está um 'trailer' do filme Blindness, do diretor Fernando Meirelles (Cidade de Deus), a ser lançado em breve. Baseado no livro Ensaio Sobre A Cegueira, do José Saramago, o que, por si só, fará com que vás ver o filme - mesmo que não tenhas lido o livro, cujo tema é uma cegueira, de origem não identificada, que vai acometendo a todos de qualquer idade, sexo, religião, poder aquisitivo, patente militar, enfim, nenhuma gradação social escapa da cegueira que teve início atacando um médico, todas as pessoas - menos uma. A tensão aumenta devagar através dos incontáveis atropelos da vida diária que arranjamos para nós mesmos, as obtusidades infinitas, as teimosias, enfim, somos uns pobres-diabos sempre tentando morder o que sobra do rabo alheio. José Saramago nunca brinca, embora seus livros sejam repletos de ironia não necessáriamente amarga, de lances realmente engraçados, pois ele, assim como eu, sabe que a tolice não tem fim - medra em
QUER AMAR LÁ PRAS BANDAS DO MAR. *** AREAL Batendo contra rocha quebrada a proa mas não o imaginário, continuou maior do que o piso instável da água, sim, quebrando a popa mas não os traços de sua particular civilização, continuou maior do que o riso não amigável da areia escondida na mão fechada, à sua espera (DMC) Arte: Víctor Medeiros de Moraes (Sete Lagoas, MG)
AH, ESTA grave patologia que se chama Bibliofilia ! ( DMC ) Visite a BIENAL DO LIVRO , em Belo Horizonte, de 15 a 25 de maio. ***** ESBOÇOS & RUÍDOS Falando só o necessário silêncio, respondi a todas as questões, fiz esboços e rascunhei mais desenhos do que vi e do que não pude ver, amando que as águas invadissem tudo, quando choveu mais do que previram os meus rancorosos senhores, minhas ardorosas senhoras. (DMC) ***** LEIA-ME AQUI / READ ME HERE: Novamente fui honrado com a publicação de um texto meu na prestigiosa revista (online) portuguesa MINGUANTE, dedicada à literatura e à fotografia, em especial. Esta é uma publicação aberta à participação de qualquer pessoa dos países de língua portuguesa. AQUI: minguante.com/?num=10&textos=darlan_cunha ***** GENTE BOA, A partir de 14 de maio de 2008, a convite do seu Idealizador, Sr. JB VIDAL, faço parte do excelente Sítio denominado PALAVREIROS DA HORA, o que muito me alegra. AQUI: palavrastodaspalavras.wordpress.c
DAS PERDAS, SÓ SABER QUE EXISTEM - INCLUSIVE O CÉU. (DMC) ***** BOBAGEM (Maria do Céu Whitaker Poças) Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir Bobagem pouca - besteira Recíproca Nula - A gente espera Mero incidente - Corriqueiro Ser mulher - A vida inteira Minha beleza não é efêmera Como que eu vejo em bancas por aí Minha natureza é mais que estampa É um belo samba Que ainda está por vir É um belo samba Que ainda está por vir ***** Esta garota tem uma visão bem acessível da vida, suas letras não deturpam o cotidiano, nada esfolham, sem serem cruas, menos ainda banais. Sua linha melódica é serena, nada tendo de espalhafato. (DMC) ***** Mais CÉU: 1. http://g1.globo.com/Noticias/Musica/0,,MUL24794-7085,00.html 2. http://www.gafieiras.com.br/Display.php?Area=Noticias&SubArea=Noticias&ID=843&Month=11&Year=2005&css = 3. http://www.artistdirect.com/nad/store/artist/album/0,,4
DA TESSITURA DAS COISAS DE ANA EM ANA, ANO A ANO, ÂNGULOS MAIORES E MAIS CLAROS Ao ver esta fotografia feita por ANA-DIDI (linque abaixo), lembrei-me daquelas lojas em cidades do interior do Brasil, todas elas cheias de peças de tecidos com cores e tessituras mil, simétricamente arrumadas nas prateleiras, o cheiro de tecido limpo, tantas cores quanto as que há nas frutas, legumes e verduras em todos os mercados do país, sim, sem esta correria maldita. Eis que me vem da memória cansada de guerras o valor das cores interiores, os argumentos sólidos em busca de algo prudente quando diante de alguma dificuldade estávamos, ou estivéssemos, e assim se formou a minha geração – “ y así seguimos andando / curtidos de soledad ” -, e hoje noto com mais clareza o que sustentou, melhor, de que se sustentou a geração da qual insisto em fazer parte, confluindo para dentro da Motivação, motivação que anulava uns velhos preceitos meramente antagônicos, receitas embasad
TESOURO REENCONTRADO / FIND TREASURE. Poucos livros, dos inúmeros que li, me levam alguma vez de volta a eles - e os livros do matogrossense Manoel de Barros (1916- ) estão entre estes. Neste que aqui está, ele me fez uma dedicatória, há alguns anos, com estas palavras: " Ao poeta da música - Darlan - abraço fraterno do Manoel de Barros ." *** Autographed by Manoel de Barros. Manoel de Barros has become something of a legend in his own time in Brazil. He was born on December 25, 1916 in the city of Cuiabá located at the Brazilian State of Mato Grosso. He's a farmer. (DMC) ***** LIVRO DE PRÉ-COISAS De tarde, iminente de lodo, is sentar-se no banco do jardim. (Diminuíram o seu jardim de 40 roseiras e uns vermes). Lesmava debaixo dos bancos. O homem sentia-se em ruína: um lanho em vez de torso era sua metáfora. As ruínas só serviam para guardar civilizações e bosta de sapo. Amava caracóis pregados em palavras. Manoel de Barros ***** ASSIMILAÇÃO

ANESTESIA SOCIAL, COMA GERAL, O CRIME COMO CATARSE

Há tempos, todos estão sob um sopor enorme, anestesiados, presos a tanta pequenez que é difícil projetar o quão mais fundo no lodaçal se poderá ir, pois tudo é pressa de ganho, pavor de perder o relógio (mas não o Tempo), e me lembro do compositor dizendo que “meu tempo é hoje”. Mortes violentas, pavorosas, são parte e totalidade do cotidiano geral, pois a cidade é suicidade, monstrópole, campo de tiro ao alvo, fuga e refugo laboratoriais, palco das nuanças mais díspares sabendo a morte. Levantado do chão não há como ser, se morta a esperança. Quando se joga alguém de um prédio, corrobora-se qual sistema: o límbico ? o econômico ? o sistema nervoso central que chegou ao limite ? O que cai de um prédio, junto com alguém: a mísera fé judaico-cristã ? a pífia arquitontura muçulmana ? o idioma putrefato da psicologia clínica ? os fios e tramas dos modistas ? Pode-se comprar testemunhos falsos numa feira qualquer, mas o que há no acervo teu, no do outro, no geral, que ainda não se tenha vis
CANHOTO DA PARAÍBA (1926-2008) VAI, AMIGO, SER CANHOTO NA VIDA Mais de uma vez comentei sobre o cidadão absolutamente acima do comum, chamado carinhosamente de CANHOTO DA PARAÍBA, nalgumas páginas na Internet, como o extinto blog PALIAVANA (hoje, PALIAVANA4.blogspot.com), e o também extinto sítio no Multiply (hoje, AEIOUAR.Multiply.com). Foram postagens com fotos, dados pessoais e até mesmo disponibilizando algumas músicas dele, com ele ou com o excelente violonista Fernando Caneca, bem como uma gravação dele com o precocemente falecido violonista carioca Raphael Rabello (1962-95). Mestre naquilo que em todo o mundo se considera "o violão brasileiro", ou "o jeito brasileiro de se tocar violão", com suas técnicas infindáveis, seus macetes mil, suas sem-vergonhices tão por todos apreciadas, sim, porque é um tal de passar as mãos no corpo escultural do violão, que não há quem não note no violonista de boa cepa uma tendência inenarrável para o amor às boas
ANTOLOGIA DE ALGUNS ENGANOS A tantos escudos tornar-se afeito, por tantos desnudos tomar outros eitos e, talvez, trejeitos com todo o cuidado levar as mãos aos seios, à boca, ao sexo, ao peixe deitado no aquário, sim de tanta fome corroída pela sede maior de se querer dentro das coisas e das gentes é que monto vigília a estes ladrilhos e desmonto a quadrilha que sobre tu e sobre mim já se fazia raiz. (DMC) Auto-retrato com a musa 3 quem amo tem cabelos castanhos e castanhos os olhos, o nariz direito, a boca doce. em mais ninguém conheço tal porte do pescoço nem tão esguias mãos com aro de safira, nem tanta luz tão húmida que sai do seu olhar, nem riso tão contente, contido e comovente, nem tão discretos gestos, nem corpo tão macio quem amo tem feições de uma beleza grave e música na alma flutua nas volutas de um madrigal antigo em ondas de ternura. é quando eu sinto a musa pousando no meu ombro sua cabeça, assim me enredo horas a
Vamos ao Desconhecido, novos medos inventaremos, talvez até alguma Luziânia (dmc) SUMAIMANA (excertos) sem portulano de aviso nem rota de margaridas teu passo chegou certeiro ao lugar que te cabia e em meio à gente das velas, na festa de Sagres, era teu rosto o que mais me comovia [...] se a luz de açúcar transborda pelos beirais, é que joão está beijando letícia e seu braço acorda o rumo dos girassóis. [...] no passo em que o vento carrega suas águas, tigres, de seda, indícios de floresta penetramos [...] e por mais que o homem se aparte dos arcos que o outro salta, lavra o lobo seu encanto e ainda que adernem joelhos pedro paulo joão e alice, não mais que nós roemos deus com agudíssimos dentes [...] REGINA CÉLIA COLÔNIA. Sumaimana. INL / Livraria Francisco Alves. RJ.1974 ***** Há muitos anos adquiri este livro de timbre único, de exce
De mar em mar, às raias do Nada fui dar. La utopía impuesta Escrito por: Yoani Sanchez en General , Abril,10,2008 Habito una utopía que no es mía. Ante ella, mis abuelos se persignaron y mis padres entregaron sus mejores años. Yo, la llevo sobre los hombros sin poder sacudírmela. Algunos que no la viven intentan convencerme –a distancia- que debo conservarla. Sin embargo, resulta enajenante vivir una ilusión ajena, cargar con el peso de lo que otros soñaron. A los que me impusieron –sin consultarme- este espejismo, quiero advertirles, desde ahora, que no pienso heredárselo a mis hijos. *: Yoani Sánchez é cubana, filóloga. Seu blog GENERACIÓN Y é muito visitado. Tem sumo. *** DOCE AMARGO Os ontens - todos - já se foram. Apaga, rápido, a luz. Breve será o abraço, mas o bastante para que frema um último instante. Não receies. Passa