AMORFOS
Que não me perdoe a natureza, por entendê-la plena
de tipos amorfos, de ter com ela, vez que outra, venturas
de bile, arcaica lavoura sendo a que existe entre nós, quando se trata
de ódio puro e simples, melhor, de admiração ressabiada; mas também é lícito
dizer que nos temos em alta conta, madrugada afora a natureza
me encontra entre disrítmicos graves, e amorfos, aos quais falta o mais
elementar dos membros: a cabeça, sim, é a cabeça, irmão, capaz
de salvar-te de ti mesmo, irmã rua, irmão beco.
Foto e poema: DMC
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