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Os olhos da "Derrama" (pelos 300 anos de Ouro Preto)

ABERTURA


No espaço do campo, passa o homem e sua miragem.
No espaço da cidade, dorme o homem em sua passagem.
No espaço da consciência, gera o vírus a sua voragem.
Por todos esses espaços, de surda força indomável,
passa o espaço da palavra com sua selva sem margem.
Na selva dessa paisagem, no centro de sua arena,
age a força do poema, meu objeto selvagem.


Imagem: Darlan M Cunha  
Poema: Mário Chamie. Objeto Selvagem (poesia completa)

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