CUIDADO É INSTINTIVO.
Li, no sempre interessante blog de uma amiga minha, que ela se submeteu recentemente a um teste de audiometria, e disse não ter gostado nada, e me imaginei nesta circunstância, ou necessidade.
Um aparelhinho lhe é entregue para que você, dentro de uma cabina, o ponha no ouvido, através do qual saem sons puros que servem para analisar o grau e o tipo de perda ou não de audição (aparelhos médicos dão medo, impaciência e antipatia, em tipos e graus variados... hehe (a vingança é humana). Ela submeteu-se a uma audiometria tonal, e não à audiometria vocal, pelo que depreendi. Estes procedimentos são delicados, e podem, conforme o médico achar, exigir, por exemplo, tomografia do crânio, após considerados aspectos psíquicos, emotivos, e até por possível problema dentário, mas estas análises e decisões são tomadas com o devido cuidado a partir de uma consulta inicial, ou anamnese, ou após outras consultas, devido a queixas do paciente / cliente de não estar ouvindo bem, etc.
Vamos de leve. Mudemos um pouco a rotação.
Numa época em que o SILÊNCIO está morto há tempos, em que todos estão submetidos a um grau de insensibilidade tão grande quanto à altura dos sons, ou decibéis, não nos espantemos de estarmos sempre com dor de cabeça, cefaléia ou cefalalgia (um livro literário, a ser lançado em breve, fala de modo indireto sobre isso: ESBOÇOS & REVESES: O SILÊNCIO).
Todos precisam mostrar seu som, buzinar de madrugada, ligar a tv do boteco numa altura satânica, sim, porque o SILÊNCIO tornou-se proibido, proibitivo, maldição, erro da Natureza, heresia, caretice. Sinto isto mais ainda quando vou ao interior e lá me encontro com turistas e futuristas (Nova Lima, MG).
Noto que as pessoas da cidade grande perderam bastante de bons usos e costumes, inclusive o de falarem manso; viciadas em decibéis, ficaram incapazes de ouvir certos sons ou de reconhecê-los (embora em tempos passados pudessem): estalos de graveto, um zinir, grilo cantando grila; se ouvem um córrego, não sabem dizer se está à esquerda ou à direita.
A minha amiga, sempre de humor invejável, escreveu que, tão jovem, só falta chamarem-na de surda. Fora de questão. Ela nos conta, de modo insuperável, sobre a possibilidade (eu digo remotíssima, como remota é a Era de Madalena, a Era do Minotauro, a Era de se amarrar Cachorro Com Linguiça, etc) de ser encaminhada a um psiquiatra.
Se chegas a este estágio (passaste ?), dás um jeitinho pra lá de brasileiro. Eu mesmo me trato, me safo. Compreendam-me, per favore !
Foto e Texto: DMC
Darlan, também não gosto desse aparelhinho de medir pressão. Parece que vai estourar meu braço hehehe.
ResponderExcluirBom domingo pra você ;)
Ah, minha querida amiga MÁRCIA, o AMÔUR (como vocês, pólistas, dizem), tudo supera.
ResponderExcluirBeijos e abraços. Grato pela visita.
Darlan
Bom... o AMÔUR e a SAÚDE, né ?, tudo superam. Até porque um é o outro... hehe.
ResponderExcluirAbraço. Boa segunda-feira.