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MPB e amigos

São mesmo imprevisíveis as 24 horas de um dia, de qualquer dia, em qualquer um dos mais de duzentos países do mundo. Três domingos atrás, eu estava no bar do Jair, um pequenino, modesto bar no bairro Betânia, em BH, e então o pessoal convidou-me à mesa, e coisas que tais. E ficamos por ali, conversando sobre política, literatura, o cotidiano de cada um, tudo isto entre uma canção e outra da MPB, violão ao vivo: Clube da Esquina, Jobim, Holanda, da Viola, Vandré, Elomar, Sidney Miller, Cartola, etc. 


Horas depois, naquela tarde linda, quando eu já ia embora, uma pessoa, que estava chegando ao bar, ouviu o meu nome, colocou a mão no meu ombro e disse para todo mundo: "este aqui foi o maior lateral esquerdo que eu vi até hoje, e, de quebra, se necessário, excepcional meia-armador".


Minha gente: após, 40 anos, exatamente, reencontrei o meu amigo Weliton Afonso, o grande meia-armador do nosso time de juvenis em Santa Bárbara, MG (100 kms de BH, cidade histórica, na qual nasceu um presidente da República: Afonso Pena) - a nossa equipe era treinada pelo grande amigo, e "pai", João Bomba, natural da mundialmente famosa Sabará. E aí foi uma alegria incomensurável, assentamo-nos para "colocar a conversa em dia", e de lá, do bar do Jair, ele me levou à quadra de esportes do Brant, onde terminamos o dia, do jeito melhor de um reencontro: muita música boa, bom tira-gosto, boa bebida. Dei ao Weliton o endereço do bar do João Bomba, em Sabará. Iremos lá, juntos. O mundo irá se acabar. Nesta foto, na qual estou tocando violão, à minha esquerda está o meu amigo Weliton Afonso.



Conheça o João Bomba. AQUI:
http://paliavana4.blogspot.com/2007_11_01_archive.html

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