
FOGUEIRA
viu uma fogueira em cada porta
de um lugar do qual não se lembra,
madeiras e ossos estalando,
porque delícia pouca é besteira,
porque inferno pouco é bobagem,
o fogo é a estalagem na qual
aqueces a comida, vai contigo
à montanha, recobre de cinzas
tuas pegadas, sim, o
viajante viu
fogueiras em cada rua, o rosto e
a bunda da dúvida, o bafo da carne
rasgada e bem temperada, sete
goles de sorrisos com limão
e gengibre, crianças com varas
de marmelo nas mãos, correndo
atrás do próprio riso, correndo
atrás dos pais, de avôs e avós,
ó, a vida é um caracol, espiral
que não se pode desprezar,
caro amigo, se nenhum de nós
tem ninguém em quem confiar;
então, confiemos em nós mesmos,
pactuemos entre nós mesmos
Poema: DMC
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