Pular para o conteúdo principal

IMAGINÁRIAS


Tidos como prelúdios, incidentes acontecem,

por falta ou por excesso de mãos

abertas,

algo assim de se dizer

a si, e a outros, que já que não há nada

para comer, beba-se o som imaginário

de algum alimento do novo

paul, é isto: acintes

e acidentes moam os lipídios

da intransigência, um afago aqui e ali nas vitrinas

e logologo os molúsculos recuperam

suas vicissitudes – reais e imaginárias.

Darlan

Arte: Edward Hopper

Comentários

  1. OI!! HOJE RESERVEI UM TEMPO PARA MERGULHAR NESTAS PAGINAS MARAVILHOSAS...
    QUE JA ALGUNS DIAS EU QUERIA ACESSAR...
    FIQUEI MARAVILHADA COM SEUS POEMAS.
    AGORA É IMPOSSIVEL NÃO TER UM TEMPO NA CORREIRIA DO DIA-A-DIA , PORQUE DEPOIS DE CONHECE-LAS NÃO MAIS CONSIGUIREI FICAR UM DIA SE QUER SEM VIZITA-LAS...

    ResponderExcluir
  2. MÁRCIA,
    Fico-lhe extremamente grato pelas palavras generosas. Muito obrigado. A Casa (Paliavana é o nome de um espécie de orquídeas, e esta foi a primeira Casa que fiz na Internet).

    ACasa é tua. Boa segunda-feira.
    DARLAN

    Outras Páginas minhas:
    http://www.flickr.com/photos/darlanmc
    http://uaima.wordpress.com
    http://aeiouar.multiply.com

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Bem-vindo, Bem-vinda // Welcome // Bienvenido

Postagens mais visitadas deste blog

alto & baixo

Barreiro - BELO HORIZONTE, MG * Todos fogem, querem mudança em sua mesmice, novos degraus com textos e tetos, de um modo ou de outro, sentem que a vida é minuto, frutas murcham depressa, animais logo estão cada vez mais sisudos e mal-humorados, e assim chegam às monstrópoles, às suicidades. * Darlan M Cunha  
FLORES SÉSSEIS, VIDROS E ÁGUAS: CONSTELAÇÃO DE OSSOS 1. O ENCANTAMENTO PELOS MATERIAIS Vidros e águas se entendem, agarram-se uns aos outros como um pensamento bom atrai outro de sua estirpe, como as pedrinhas de um caleidoscópio fazem umas com as outras, ou seja, abraçam-se e soltam-se num emaranhado nunca igual, mas sempre com o intuito de união, sua sina sendo a de viverem unidas, mantendo a própria identidade – o que é cada vez mais difícil, mais improvável entre os humanos. Águas e vidros: água doce e vidro plano, água salgada e vidro temperado, água suja e vidro opaco, água limpa de bica e vidro colorido  de igrejas e bordéis, sim, de tudo se faz canção e caução, e o coração na curva de um fio d’água estalando gotículas nas costas dos lagartos (agora tu sabes a razão do sorriso do lagarto, uma delas), úvula e cio, nonada , tiros que o senhor ouviu... , o rio cheio de mormaço, espelho d’água é a sensação de um rio calmo calmo calmo, tu vais com ele, entras n...
 mudança * De repente, de modo suave, você se lembra de quando chegou à cidade grande para continuar a estudar, depois veio o Exército, o emprego federal, mochila e violão nas costas, enfim, uma infinidade de erros, de riscos e risos, o amor que rói os tigres, de acordo com um livro cubano, se não me falha a memória com centenas de livros, se não milhares, sim, de repente, você pensa nas pessoas mudando de casa e de cidade, de postura perante a vida (uma luta difícil); quando se muda de casa, vai com a gente uma dupla sensação: de alívio, e de peso pelo que se viveu, a visão a partir da janela, tiques de vizinhos, uma praça e uma pessoa amiga com a qual foi possível conversa de gente grande. Neste momento, pessoas estão carregando ou descarregando móveis, apreensão e entusiasmo, que a vida é breve. *** Darlan M Cunha