PEGAR UMA COISA
Tenho aqui na minha mesa a parte mais
nobre, numa escultura, a cabeça
de um homem de olhar hirsuto,
seu côncavo pensamento
saindo pelas mãos que não aparecem
neste trabalho, e fico olhando e pensando sobre
com quanta estirpe se faz e se desfaz
um nome, ou não: o Homem não resiste
ao que o nome aceita.
Tenho aqui mais que um ponto de interrogação
e algumas contas, mensagens antigas
e novas civilizações sobre
mim, tementes, perguntando pelo futuro.
Poema e foto: DMC
Escultura: Amílcar de Castro (Av. Brasil, Belo Horizonte)
"Tenho aqui mais que um ponto de interrogação e algumas contas, mensagens antigas e novas civilizações sobre mim, tementes, perguntando pelo futuro."
ResponderExcluirdifícil é quando todas essas coisas somem. juntas. de uma vez só.
(muito bom poema!)
Sem dúvida, MARIANA... se nos acontece tantas disparidades, tanto peso ao mesmo tempo, a estabilidade psíquica corre perigo. Este foi / é o intito deste poema: o de alertar sobre o desgaste cotidianao que, muitas vezes, nem percebemos.
ResponderExcluirObrigado pela visita. Beijo e abraço.
Darlan