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O AFETO
QUE SE AFERRA
A TI
(
zanastardust
)





Assisti uma longa entrevista concedida pela Rainha Rania, da Jordânia, a um programa de tv, nos EUA, durante a qual ela, sempre solícita e sem pieguismo, falou sobre caminhos trilhados e a serem trilhados pela gente de seu país -súditos e súditas-. como também pelas populações no mundo todo. Após diversas argumentações concernentes à família, à política, ao status, à beleza (outro status) e etc, em momento algum -repito-, em momento algum eu a vi cruzar as pernas, ao contrário da apresentadora e de práticamente todas as outras pessoas que lá estavam. Definitivamente, há mulheres e mulheres; conceitos e conceitos; obrigações e obrigações.
DMC
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Nada tenho a fazer, isto é, nada de particular. Tenho de falar, é vago. Tenho de falar, nada tenho a dizer, apenas palavras dos outros. Não sabendo falar, não querendo falar, tenho de falar. Ninguém me obriga a isso, não há ninguém, é um acidente, é um fato. Nada poderá jamais dispensar-me disso, não há nada, nada a descobrir, nada que diminua aquilo que resta dizer, é como se tivesse de beber o mar, há portanto um mar.
SAMUEL BECKET. O Inominável
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Um poema de Sophia de Mello Breyner Andresen (1919-2004, Portugal)
Instante

Deixai-me limpo
O ar dos quartos
E liso
O branco das paredes

Deixai-me com as coisas
Fundadas no silêncio

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alto & baixo

Barreiro - BELO HORIZONTE, MG * Todos fogem, querem mudança em sua mesmice, novos degraus com textos e tetos, de um modo ou de outro, sentem que a vida é minuto, frutas murcham depressa, animais logo estão cada vez mais sisudos e mal-humorados, e assim chegam às monstrópoles, às suicidades. * Darlan M Cunha  

calmaria

  Uma calmaria aparente dentro da aldeia, sobre ela uma zanga de nuvens - mas não se deve levar nuvens a sério, por inconstantes - sina - e levianas feito dunas e seixos escorrendo e escorregando daqui pra lá, de lá para além-lá, feito gente nos seus melhores e piores dedos, entraves, momentos, encontros e despedidas. Um gotejo aqui e ali, mas outro tipo de gotejo num lugar da casa vai trazendo à cena o verso do português Eugênio de Andrade (Prêmio Camões 2001), decifrando a lágrima: " a breve arquitetura do choro ." Darlan M Cunha
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