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UMMA (romance) Foto e livro: Darlan M Cunha Aquisição : darlan.in@gmail.com (escrever UMMA, em "assunto") 
Aniversário // Cumpleaños // Birthday // Geburtstag DUAS OU TRÊS REMINISCÊNCIAS, NESTE ANIVERSÁRIO Muito já se escreveu sobre narcose, sendo que sob narcose, evidentemente, muito foi escrito, até porque, de certa forma, todos e todas estão sob domínio do império natural daquilo que induz à deformação disso ou daquilo; mas uma mente em transe também é humana, embora temporáriamente suprahumana. Um índio que tenha consumido muito cauím na festa de sua aldeia (aguardente de mandioca, cuja fermentação acontece após as virgens da aldeia, e só elas, terem mastigado polpa de mandioca, e cuspido de volta numa enorme gamela, onde fica para fermentar), entrando em transe, ele nunca deixará a sua humanidade; sofrerá delírios, espasmos, o diabo, mas respaldado por milhares de anos de sua sociedade. Lembro-me da sensação maravilhosa que eu tinha, desde lá pelos treze anos, ao abrir e ler livros de antropologia e etnologia, revirar livros dos irmãos Villa
Tempos modernos Modern times COPOS DE ALUMÍNIO Quando criança, bebia a infância em copos de alumínio  tão brilhantes que via o próprio rosto neles, a infância retratada no alumínio da casa e da casa das avós e das amigas delas, pois todo mundo tinha lindos copos de alumínio, então, via o sol escondido neles e conversava com ele, um odor de limpeza tendo a vida. Foto e texto: Darlan M Cunha
UMMA (romance) "Eis um livro que viaja – vindo de uma imaginária Sherazade brasiliensis, nos tempos da cidade marroquina de Fez (810 dC), até modestos bares no interior brasileiro, com alusões a livros e canções, ele dá vislumbres da Era da Pressa, focando uma das antíteses desta mesma Era, ao focar a amizade existente entre as suas personagens, a sátira sempre presente, rumo aos inventores dos chips (os mesmos inventores da roda, do tricô, do dumping e das peladas de futebol), distúrbios de rua, comidas caseiras, a vizinhança, os becos sem saída cada vez mais altos dos neuróticos e psicóticos modernos, os tormentos dos insones, enfim, os ossos do ofício de tantos e tantas na showciedade. Lugares, pessoas, épocas e situações estão entrelaçados, falando e ouvindo; e assim as personagens principais, e eventuais passantes, entram no nosso imaginário já quase todo ele cego, surdo e mudo. Ouçamos Umma, Ultal, Nora e os outros." CONTATO /// PEDIDOS: darlan.in@gmail.com (

Galeria de fotemas

Galeria de fotemas no Flickr. AREIA Tu enfias os pés naquilo que um dia foi montanha, morro, colina, e sentes ali toda a história da Terra, e caminhas sobre ela, e te deitas sobre ela, deitas e rolas, fazes amor na areia (ó céus, que bom!), e ela, a areia, ali está sempre solícita, sempre macia, às vezes e muitas vezes molhada pelo mar, pelas anáguas do mar que são as espumas, e eis que, muitas vezes, tu nem percebes tanta beleza, entre uma caipirinha e uns camarõezinhos. Fotos e texto: Darlan M Cunha
Nova Lima, MG, Brasil NOVEMBRO Eis o rosto de novembro, rosto urbano com boas e más interrogações, é natural   se ter em conta que nenhum dia tem sósia, nenhum homem se perpetua de todo noutro, gêmeos diferem, e assim é que, se te lembras do último novembro, talvez ainda sintas algo da febre boa e dos maus sintomas que porventura visitaram-te; lembra que o inconsciente é de guardar nas respectivas gavetas as indumentárias vestidas por ti, portanto, cuida de varrer para fora do tapete o evangelho segundo tu mesma, cuida que a trepadeira cubra o muro, não a paisagem que daí ainda tenhas, novembro é de dias com lágrimas de nuvens, ah, lembra dos acordes da acupuntura social no teu corpo e na tua mente, lembra, corpo, lembra memória, que já é novembro. Foto e texto: Darlan M Cunha
Parque Municipal. Belo Horizonte, MG, Brasil OS DEDOS BREVES DO SILÊNCIO sozinha no campo devastado ou dado a pasto                                    a árvore sobre ela dedos elétricos medonhos Texto e foto: Darlan M Cunha                                                      
" Eu achava excessivamente arbitrário exprimir os números por sons. Por que, então, não fazer de um a uma amoreira, de um b uma bananeira, de x um ponto de interrogação ? " Carl Gustav Jung. Memórias, Sonhos, Reflexões UM TEMPO NA VIDA DE UM PINCEL Pavão misterioso. Cavalo. Rosto da Árvore. Uma pessoa me disse que não se lembra com exatidão onde e nem quando viu um cavalo fechando com o próprio corpo uma volta de quase 360, feroz e feraz animal todo desconcertado, podendo-se notar nele um evidente e inadiável desejo de colocar em prantos limpos (sim, prantos) coisas que o incomodam, afligem-no como seteiras naquelas muralhas imensas e práticamente inexpugnáveis que tanto os viajantes comuns quanto os bandoleiros medievais e os de antes deles encontravam pelo caminho. Ela disse ter sentido este cavalo, lá de dentro do seu sonho ou pesadelo, notando no olhar feroz do mesmo a mais legítima inquisição, isso porque o muar parece perguntar taxativ
nem hora nem lugar CILIAR quando a umidade se dissipar na mata ciliar, entre noções sobreviventes, abrir em cada mão pouso a que se dêem de volta ao riso antigas borboletas e novos bichos da seda Foto e texto: Darlan M Cunha
UM GIRASSOL DA COR DOS SEUS CABELOS AS FRUTAS madurinhas todas elas: as frutas dependuradas de ponta cabeça vendo o mundo as frutas caidinhas pelo perigo e pelo prazer que representam as mãos e a boca de quem vem de lá Foto e texto: Darlan M Cunha 
RIO ACIMA - MG, Brasil (Estrada Real) Oi Na terça feira, dia 11 de outubro, após meses sem cair uma gota de água em BH e região, por volta das quatro da tarde desabou chuva forte de quinze minutos. Pois bem: bastaram quinze minutos para que ficássemos mais de quatro horas sem energia elétrica em bairros como o meu: o Buritis, o mais novo e um dos mais modernos da cidade. O que dizer dos bairros mais modestos, etc. Levo em conta que a CEMIG é referência nacional no setor de energia elétrica, é mesmo, mas mesmo assim isto acontece. Eu tinha chegado em casa, do meu compromisso, e estava com o computador e a tv ligados. Desliguei o micro, com receio dos mil raios, e fiquei assistindo o campeonato europeu, até que a luz se fosse. No feriado, dia 12 de outubro, às duas da madrugada, liguei o micro, e não pude acessar INTERNET. Esperei dar seis horas, telefonei, mas atendimento direto só às oito da manhã. Telefonei mil – repito: mil vezes – para a Oi (velox
Rio das Velhas em Rio Acima, MG, Brasil TANTAS MARÉS E TANTAS NUVENS DEPOIS Tantas marés e galés, tantas coisas miúdas e graúdas sem fim, sinônimos e antônimos jogados dos escaleres a bombordo e a estibordo, deste modo iam e ainda vão os homens com pensamentos fixos, turvos caminhos são os caminhos sobre a água dentro da neblina, mas os homens são teimosos: galés e mais galés sobre marés eles constróem e destróem num vu, sim os homens são um caso à parte na História Geral. Texto e foto: Darlan M Cunha
artecerâmica 01 FRANCISCO BRENNAND Recife, PE ARGUMENTOS há uma luz num túnel não sei onde, mas sabe-se haver uma cruz para cada têmpera, de traços abertos à espera de que sobre ela se abram as asas de uma                                     resolução; de foice e martelo já se falou que basta, mas se ainda há algo de negra flor no rés do chão já é hora de colocar sobre ela os argumentos da luz Texto: Darlan M Cunha Imagem: Oficina Brennand
©AMARGO mulheres de sapato preto ainda existem                 mulheres de vestido preto existem milhares mulheres de negras lágrimas a sós existem Foto e poema: Darlan M Cunha
SALÃO DO LIVRO INFANTIL E JUVENIL - Belo Horizonte, MG, Brasil - set 2011 ASSUNTO Entra-se num corredor, e noutros, todos iguais a eles mesmos, sempre diferentes cada vez que se tenha de passar por eles: ora, se vais ao banheiro, na volta, o tal corredor já não é o mesmo, que o silêncio grita querer mais gente com quem dialogar (?) naquele ambiente sem diálogo que acenda uma fogueira sequer; e as luzes frias da tecnologia não piscam para ti, as dores do mundo saindo de um túnel em busca de um sanduíche num bar, de uma sã madrugada, ó vias de difícil acesso que são estas veias, corredores, labirintos, curvas e curveretas que o diabo ele mesmo teme; ó lavoura cujas sementes apodrecidas sob falsos raios de luz estão à porta, já sabes há muito tempo sabes que o jeito é ir, sofrer ao lembrarmo-nos daqueles e daquelas que fizeram de nós parte do que fomos e somos e seremos; mas agora vergam-se para dentro de nós estes novos e já velhos brancos corredores cuja seiva é enfiada n
Sibipiruna (Caesalpinia peltophoroide) PRÁTICAS A prática do mal nas memórias  da mão sinistra mostra algo  como se fosse um azougue num relógio que não cessa de (ch)orar, vítima do pasmo, mas não do marasmo,  pelo que a destra cola seu rosto na palma da sinistra. Só assim, pensa, só assim serei, seremos. Juntas. Texto e foto: Darlan M Cunha