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AS TELHAS, A PONTE

Do meio do nada um grito ecoou (seria a lanterna dos afogados dando alarme ?). Súbita hora, dia nenhum a se lembrar com mais vagar e fundura das coisas que virão, sim, o dia esteja aqui bem exposto, e ainda mais o amanhã, porque devemos cuidar das nossas telhas, devemos olhar as estrelas, mas não através das telhas, e, sim, através do sentimento, mas voltemos às raias “de asfalto e gente que corre pela calçada, e entope o meio fio”, até porque não há nada mais interessante do que a desinteressante coisa de nome ser humano, sua arquitontura é - pelo menos para mim e para mais meia dúzia -, é algo digno de nota, mas amanhã será outro dia, nada será como antes, isso embora todo dia seja um dia sem nota de maiores esclarecimentos quanto à feitura de uma ponte sólida e linda que nos leve um ao outro.


Texto: Darlan M Cunha
Arte e Foto: Tânia Filippo

Comentários

  1. Darlan,
    Estive aqui para pagar visita e bisbilhotar seu trabalho. Infelizmente não conseguir acessar o texto ao qual vc se referiu. Volto depois. Grande abraço.

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  2. Prezado EURICO

    agradeço a visita sempre clara, amistosa.

    O endereco do meu site FOTEMAS, no FLICKR, onde coloquei hoje um linque para o seu "CAUSOS...", logo abaixo do meu texto de hoje, é:

    http://www.flickr.com/photos/darlanmc


    OBS: Acho que coloquei "br", lá no meu comentário.

    Abraço.
    DARLAN

    ResponderExcluir
  3. Olá Darlan,

    Obrigada pela visita ao onzepalavras e pela acolhida em seu espaço. Visitei seu flickr e tudo é de uma sensibilidade muito apurada. Parabéns.

    Volte ao onzepalavras quando quiser, será muito bem-vindo.

    Ana

    ResponderExcluir
  4. Muito obrigado, ANA

    vamos em frente. Aquele abraço.

    Darlan

    ResponderExcluir

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