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TRAMAS & TRAMAS DEPOIS, INESPERADO FINAL VIDRO o vidro entre mil sons, em todos os momentos da cidade está pela vontade particular torna-se espelho diante do qual se fala, com ou sem desvios, todo ele só teu ou meu, assim é o vidro em dois mil e nove cacos partido como se parte o amor em mil destrossos, assim é o vidro da casa que o tempo, às vezes, reduz a beijo partido DARLAN M CUNHA IMAGEM
PALAVRAS & SILÊNCIOS CUANDO YA NO IMPORTE O Assombro vive de suas cordas tensionadas, vive o Espanto tirando sombras de algum instrumento, abrindo mentações para o novo, o que para ti e para os teus importa: o aço das facas, sua beleza de corte sem sutura, ouça a mulher que reclama não teres mais mímese nem simbiose pelas quais os dias eram sem nome e sem data, vê: ainda o teor de sal há de ser revisto, o açúcar regrado da sociologia que te ampara já é gasto, e assim melhor será abrir com as dobras da música o acervo entre os convivas, a mesa bem diluída, o peixe (e a sua simbologia) à espera. DARLAN M CUNHA Foto: catkeyboard: JERSEYBLOGS
ALGO FALTA AS BORDAS Sentir o mundo girar como quem vem da feira ou de festa de arromba, do jeito que o diabo gosta, de pernas pro ar está o mundo com a sua roda viva, a qual se pode pressentir quando vai entrar em nova febre, e o melhor é afastar-se e contemplar seus argumentos sempre afeitos a algum interesse maior, dizem os que amam o mundo, mas quem detesta o mundo que lhe é imposto diz que rir já foi o melhor remédio, e assim é que é melhor evitar um mergulho na inconsistência geral, na demência, na mesma demência onde vivo com os dedos nas bordas do seu recado: o Imponderável. DARLAN M CUNHA
AS COISAS NUVENS COMO PORTÕES DE ENTRADA NO IMAGINÁRIO E fico aqui, com meu nariz entre os vidros da janela, medindo a temperatura, lembrando-me do dito popular: “para quem sabe ler, um pingo é letra”, mas como ler o alfabeto de quem não o escreve de forma clara, que o faz por meandros tortuosos, um alfabeto de anamorfoses, ou de deformidades através do espelho ? O nariz arde, as bochechas infladas querem a rua, as pernas exijem escavar longe de casa, bem de dentro do imaginário vem a senha com que abrir a onda de calor rumo a ti. Foto e texto: DARLAN
Virgem não consegue sócias para o clube (COM VÍDEO) ATRÁS DO MURO HÁ GIRASSÓIS DO ESPANTO ? Parece que a Showciedade, a Zarolha, não se cansa mesmo de eleger teorias e teoremas, verbos e adjetivações mirabolantes, nem do uso constante e crescente da partícula apassivadora “se” (quem tanto a repete deixa logo claro que não sabe bulufas ou patavina a respeito do que fala, ou vomita, como se diz). Embora teóricamente esteja ela num patamar de livres dizeres e pensamentos, uma notícia como esta de hoje, 29-04-09, dada pelo jornal português Correio da Manhã, dando conta de que uma moça de 26 anos, Margarida Menezes, ainda é virgem, e que ela há tempos procura outras para fundarem uma espécie de “clube”, não deveria, segundo os melhores preceitos de uma sociedade que se queira avançada em seu respeito, melhor ainda, em sua compreensão da medida exata das contingências do Outro, sempre aqui ‘teóricamente’ dizendo, não deveria causar estranheza, ser motivo de
O QUE SINTO AINDA NÃO FOI PERCEBIDO . AS PORTAS DA PERCEPÇÃO Abre teus olhos os poros todos os membros querem que estejas de bem contigo, Ó bípede ou quadrúpede, eis o contorno do teu mundo dizendo-te que abras os olhos e que outra opção não deves seguir a não ser deixar abertas as portas da percepção. DARLAN ***** OBS .: Há uns 15 dias baixei esta figura que ilustra o meu poema, mas não consigo me lembrar de onde eu a trouxe; caso você saiba, por obséquio, me informe, para que eu dê o devido crédito.