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ESCREVER LIVRO NÃO BASTA


Vai, Joana, mete ação nestes degraus por onde suba, mais
que o calor de uma costura entre vândalos, suba o desejo 
de morte, vai
e explica para a morte, Ana, coisas da vida, bota ação 
no mundo, ação
de formigas no retângulo sobre o qual mulheres
e homens perdem a trilha da Razão
como se camaleoa e camaleão de nova estirpe fossem ambos.

Bota frege nessa vida, Mariana, desanca o dia
e martela a noite, beija a boca do palhaço, Eliana, entra na espiral
do meu espanto.


Foto e texto: Darlan M Cunha

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