MANCHA NA PAREDE, RISCOS NA VIDA
O coração é lar vazio, bar em cujo balcão debruça-se uma só pessoa com um eco de solidão perpassando a tarde, ao longe, o mar (vive longe o mar), mais ecos misturam-se às pedras e espinhos, às vezes, ir é mesmo o melhor remédio, por caminhos com ou sem escadas, com ou sem repto maior, o coração pede passagem entre os enfeitados, vestir os nus é preciso, mas a praça tem algo a dizer: logo será noite outra vez, o bar vai fechar, e a igreja contará seus créditos de almas perdidas, pois é, pra quê almas fendidas ? (saiu do nada, da dor fingida / caiu na estrada, subiu na vida), perdidos e achados, secos & molhados (pensem nas mulheres mudas, teletrágicas), mas sinal fechado não é nome certo para um sentimento que está vago.
Arte e foto: Darlan M Cunha
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