Pular para o conteúdo principal
UMAS & OUTRAS















CHOCÓLATRAS


Creio não ser prudente fazer críticas ao se falar de chocólatras, visto que, sem dúvida, é um suplício abandonar tal unanimidade que os Astecas nos legaram. Cacau é chocolate, é um dos tesouros gastronômicos que o mundo só foi conhecer quando os vários bandos de europeus desembarcaram aqui na América do Sul e Central. E tu deves completar o espanto lembrando-te da batata (patata) e da mandioca (manihot), do milho (maíz) e do tomate (tomato), além da inigualável banana (Musa paradisiaca) e outras iguarias típicas daqui.


Comprei uma caixa de chocolates, deixei junto aos livros e me esqueci dela, até que, anteontem, comecei a comer... e comi seis ou sete. Em três dias, adeus. O chocolate é avassalador sobre a superfície e o fundo das pessoas, de qualquer fisiologia, mata a têmpera hormonal e psíquica até de pessoas médicamente impedidas (diabéticos, etc)


Não sou chocólatra, a não ser que alguém me dê alguns destes incríveis feitiços filhos-do-demo... hehe. Tu... não ?


DMC: foto e texto

*****


MEDITAÇÃO SOBRE AS CHAVES


Um desespero imenso, intenso, naquela boca

havia, havia no sítio ao lado

um resto de façanha antiga

mas que em nada se compara àquela boca

dentro da qual o desespero

pulsa, pulsa como um grou

recém-viúvo, uma cegonha recém-viúva, pulsa

como eu agora... sob efeito de outro

sol que não este que me nega a queima.


DMC

Comentários

  1. já fui chocólatra...

    mas vim mesmo falar do poema: esse sol que nega a queima.

    lindo

    ResponderExcluir
  2. MARIANA,
    novamente, muito obrigado.
    Felicidade minha (há outras, poucas, é certo) é você vir aqui.

    Abraço.
    Darlan

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Bem-vindo, Bem-vinda // Welcome // Bienvenido

Postagens mais visitadas deste blog

alto & baixo

Barreiro - BELO HORIZONTE, MG * Todos fogem, querem mudança em sua mesmice, novos degraus com textos e tetos, de um modo ou de outro, sentem que a vida é minuto, frutas murcham depressa, animais logo estão cada vez mais sisudos e mal-humorados, e assim chegam às monstrópoles, às suicidades. * Darlan M Cunha  

calmaria

  Uma calmaria aparente dentro da aldeia, sobre ela uma zanga de nuvens - mas não se deve levar nuvens a sério, por inconstantes - sina - e levianas feito dunas e seixos escorrendo e escorregando daqui pra lá, de lá para além-lá, feito gente nos seus melhores e piores dedos, entraves, momentos, encontros e despedidas. Um gotejo aqui e ali, mas outro tipo de gotejo num lugar da casa vai trazendo à cena o verso do português Eugênio de Andrade (Prêmio Camões 2001), decifrando a lágrima: " a breve arquitetura do choro ." Darlan M Cunha
  TREM DOIDO DE BOM     Lembrei-me, neste instante, de um termo jocoso, bem capiau, daqueles que deixam o cabra assim meio na dúvida, ou seja, se está sendo gozado, ou não, porque é mesmo engraçado, simplório. - "O senhor tem canivete aí, do tipo de folha larga, assim de um dedo de largura, bom pra picar fumo, e outras coisas ?" - "Bão, tê, tem, mais já acabô. Mais iêu vô di pudê incumendá pro Snhô Voismicê lá na capitá Béózônti, qui daqui trêis día, sem saculejo di atrazo, já tá aqui incima du barcão, prontim pra Vossa Sinhuria fazê uso do bichão, qui é mêrmo muito bão." - "Pois o senhor me faça o favor de pedir um para mim, de preferência com cabo de madrepérola, mas se não tiver, que seja de cabo de osso." - "Será feito, patrão. Agradicido."   _  Darlan M Cunha