Pular para o conteúdo principal
IMOS, ÍNTIMOS, DUO, AMBOS, PAR... TUDO, ENFIM, É UM, UNO












(because you never know when and how and where)

Sou mesmo atípico, aberração inominável, e assim me chamam os muitos energúmenos e os catequistas de plantão na área nobre onde sobrevive a Ilusória Permanência do Instinto, e não no indivíduo único

que eu sou, e não tu nem vós nem você aí plantando artifícios e buscando outros na rua nas assim chamadas feiras-livres e nos mercados de pulgas e baratas tontas abelhas e zangões, ou nas feiras de objetos roubados ou pedidos por empréstimo ao alheio, sim e não, as coisas

acontecem assim uma atrás da outra, acontece de estares de carraspana ou de mau humor pelo mau agouro que é veres logo de manhã alguém que tu detestas (entre as tantas), mal desces as escadas rumo aos ruminantes te aguardando para contigo acabarem com o que por sorte ou negligência ou por esquecimento tenha restado do dia anterior.

O Inominável é como me dizem, e não os maldigo a estes e àquelas, não, estou com eles, e com elas principalmente me dou e nem os ameaço, pois sou o dito cujo irremediável nojento, sujeito fuleiro, um puto, vil bagaço de cana, guimba de mata-rato, sou o escrúpulo perdido numa noite suja e fria como aquele vil sentimento de perdas e danos que é o amor.

Porém, também sou teimoso. Se o amor existe, irei com ele ter um papinho. E o que sei e digo é que só após comer 60 quilos de sal com alguém, é que se pode dizer que se conhece est alguém um pouquinho. Só depois.

***

imagem: Christopher Conte - 03

Comentários

  1. E bota sal nisso, hein? É impossível, em outras palavras, hehehe.

    ResponderExcluir
  2. Tá certo que há uns docinhos e suquinhos no meio, né, ZANA ? Mas, é mesmo assim que se passa a vida: a gente mal nasce, começa a morrer, e fica sem saber de quase nenhuma Pergunta que se fez a si mesmo / si mesma. Então, o jeito é ir comendo um salzinho, né ?

    ResponderExcluir
  3. obrigadíssima pela tua visita ao putas resolutas e pelo comentário! depois me visita lá n'outro endereço: http.liriaporto.blogspot.com/ e retornes ao putas...

    teu espaço aqui está lindo!
    beijo
    líria porto

    ResponderExcluir
  4. chi... risos
    é http://liriaporto.blogspot.com/

    ResponderExcluir
  5. Muchas gracias, querida Líria Porto.

    Pode deixar, não tenha a menor dúvida de que continuarei visitando sem cerimônia alguma as diletas (e diretas) PUTAS RESOLUTAS.

    Darlan

    ResponderExcluir

Postar um comentário

Bem-vindo, Bem-vinda // Welcome // Bienvenido

Postagens mais visitadas deste blog

Tu te lembras, sim... Contos da minha casa - 5 Uma avó de uma amiga minha completou noventa anos – eu disse uma avó porque, afinal, todos temos mais de duas avós -, e as cantigas de sempre logo se fizeram ouvir, devido ao fato de que não há festa de noventa anos todos os dias, todos os meses, sequer todos os anos, não é mesmo, gracinhas e joões ? Embasado nisso, e embasbacado após ver uma linda foto da festa de aniversário 90 de uma avó de uma amiga minha (ufa !), fiz de conta que era comigo, e revi a minha avó, melhor, uma de minhas avós bem aqui ao lado meu, toda liru-liru , empetacadinha, lindinha e ainda e sempre brabinha que só ela. É... falo da minha avó paterna, cuja graça era Senhorinha, isso mesmo, basbaques, este era o nome dela registrado em cartório: Senhorinha Maria de Jesus. Era baixinha, muito brava, mas só de mentirinha, assim com um ar de Dom Casmurro (parte do livro, porque as partes do livro onde entra a tal da Capitu... isso aí, podem deixar de lado,
FLORES SÉSSEIS, VIDROS E ÁGUAS: CONSTELAÇÃO DE OSSOS 1. O ENCANTAMENTO PELOS MATERIAIS Vidros e águas se entendem, agarram-se uns aos outros como um pensamento bom atrai outro de sua estirpe, como as pedrinhas de um caleidoscópio fazem umas com as outras, ou seja, abraçam-se e soltam-se num emaranhado nunca igual, mas sempre com o intuito de união, sua sina sendo a de viverem unidas, mantendo a própria identidade – o que é cada vez mais difícil, mais improvável entre os humanos. Águas e vidros: água doce e vidro plano, água salgada e vidro temperado, água suja e vidro opaco, água limpa de bica e vidro colorido  de igrejas e bordéis, sim, de tudo se faz canção e caução, e o coração na curva de um fio d’água estalando gotículas nas costas dos lagartos (agora tu sabes a razão do sorriso do lagarto, uma delas), úvula e cio, nonada , tiros que o senhor ouviu... , o rio cheio de mormaço, espelho d’água é a sensação de um rio calmo calmo calmo, tu vais com ele, entras nele

calmaria

  Uma calmaria aparente dentro da aldeia, sobre ela uma zanga de nuvens - mas não se deve levar nuvens a sério, por inconstantes - sina - e levianas feito dunas e seixos escorrendo e escorregando daqui pra lá, de lá para além-lá, feito gente nos seus melhores e piores dedos, entraves, momentos, encontros e despedidas. Um gotejo aqui e ali, mas outro tipo de gotejo num lugar da casa vai trazendo à cena o verso do português Eugênio de Andrade (Prêmio Camões 2001), decifrando a lágrima: " a breve arquitetura do choro ." Darlan M Cunha