DAS DIETAS despudoradas comemos umas e outras assim e assado recomeçam as danças pondo ventania qualquer nas ancas e soltando verbos e jóias com o bracelete de cada abraço, ah, Consegues ? Consigo, sim, morrer assim é tão grácil, cópia daquela chamada pequena morte , e por aí vai e vamos juntos e distantes feito a melodia onde já nos achamos e nos perdemos pelas plantas dos pés as formigas sobem e fazem arruaças com mil e um açoites até que desérticas as ruas e deserdada a invenção do medo sobre as vontades, já que somos mesmo do azar, então, vem e sobe na vida que a vida é degrau e é nossa a Escada Natural, ai ai ai, que bom morrer num outono assim sempre gemendo primaveras nos sertões também no inverno a gente se ajeita um no outro, até melhor, sim, morrer é invenção de filósofos, vamos lá, meu bem, minha flor, meu moinho de vento, meu escaravelho de ouro, minha canção do exílio, olhai os delírios do campo... (DMC) ****** poema de Friedrich Wilhelm Nietzsche (1844-1900) És um escravo...