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A PELE DO FUTURO


Alguém desce a ladeira,
consciente disso, vai e
cruza consigo mesmo
quando ainda era são, 
quando não era estorvo,
ou seja, antes de estar
na vida branca dos muros
entre os quais vêm de leve
à mente todos os ontens
anteontens e trasanteontes.
Eis na borra da manhã
o braço do estetoscópio
e o sorriso brando, algo
de velada despedida há
na canseira onde alguém
parou para escutar algo
do futuro, enfim, porque
o futuro também desce ladeiras.   


Poema: Darlan M Cunha
Foto: bg_noon2

Comentários

  1. magmamusica.blogspot.com30 de set. de 2012, 21:46:00

    Parabéns pelo seu blog, seus poemas e fotos. Gostei muito. Rever imagens de Minas me remetem sempre ao coração do Brasil... Abs, Manuel Blesa

    ResponderExcluir
  2. Fico-lhe grato pela visita e pelo comentário, Manuel. A Casa é sua.

    Darlan

    ResponderExcluir

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