Tomie Ohtake - Influxo das formas
Quando a boca se cala
ninguém pode ir em seu
socorro, dementes todos
diante da boca sem fala.
Eis a boca no seu turno
de silêncio, com ou sem
anuência geral, filtrou
o impossível, bem ou mal
nos reptos da rua, pilhou
pares em pleno fel, foi
lua e limpou o rés do chão
de alheia festa, que a boca
é isso: se se gaba demais
é indigesta; se não diz nada
cai no esquecimento, dando
de compor para a ausência
(sentida por alguns, talvez)
uma vírgula ou petição;
enfim, o mais que perfeito
chiaroscuro de sua intenção.
chiaroscuro de sua intenção.
poema: Darlan M Cunha
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