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Mostrando postagens com o rótulo MG
gosto de ti, pequena cidade, onde ainda posso assentar-me com meus calos e minha insônia, onde ainda se pode beber algo mais do que o fel cotidiano gosto de ti, do barulho do córrego e das procissões das formigas passando por dentro do gramado, o cheiro bom de um silêncio só quebrado por algum distante riso de criança – talvez seja mesmo a minha distante infância chamando-me Foto e texto: Darlan M Cunha
Nova Lima, MG, Brasil NOVEMBRO Eis o rosto de novembro, rosto urbano com boas e más interrogações, é natural   se ter em conta que nenhum dia tem sósia, nenhum homem se perpetua de todo noutro, gêmeos diferem, e assim é que, se te lembras do último novembro, talvez ainda sintas algo da febre boa e dos maus sintomas que porventura visitaram-te; lembra que o inconsciente é de guardar nas respectivas gavetas as indumentárias vestidas por ti, portanto, cuida de varrer para fora do tapete o evangelho segundo tu mesma, cuida que a trepadeira cubra o muro, não a paisagem que daí ainda tenhas, novembro é de dias com lágrimas de nuvens, ah, lembra dos acordes da acupuntura social no teu corpo e na tua mente, lembra, corpo, lembra memória, que já é novembro. Foto e texto: Darlan M Cunha
Rio das Velhas em Rio Acima, MG, Brasil TANTAS MARÉS E TANTAS NUVENS DEPOIS Tantas marés e galés, tantas coisas miúdas e graúdas sem fim, sinônimos e antônimos jogados dos escaleres a bombordo e a estibordo, deste modo iam e ainda vão os homens com pensamentos fixos, turvos caminhos são os caminhos sobre a água dentro da neblina, mas os homens são teimosos: galés e mais galés sobre marés eles constróem e destróem num vu, sim os homens são um caso à parte na História Geral. Texto e foto: Darlan M Cunha
BAR CHOVE LÁ FORA (aqui dentro só pinga) Num dia sem nome e sem data, entrei aí, igual a um peregrino sem aviso de que existisse tal local de peregrinação, e por lá mesmo fiquei eu, filho do cansaço, da fome e da sede, nem digo da solidão amorosa, que isso é doença antiga; e tão afoito cheguei lá, que nem li o título exuberante avisando que tipo de peregrinação se faz naquele inigualável lugar no qual, se não todas, porque é difícil, muitas mágoas e águas salobres ficarão lá mesmo, sobre o balcão ou na mesa que porventura escolhas para nela passares o tempo necessário para que em ordem a tua teimosa desordem interior fique. Foi isso mesmo o que se deu com este antigo aprendiz de sacristão, hoje, o diabo em pessoa, vil autor de O Dicionário do Diabo: Temas para Enamorados . Uma autêntica música de viola abria as janelas do dia para a freguesia, e lá mesmo conversei com um casal alemão, que ia de cidade em cidade, sem pressa, até por alguns estados, e gostaram imenso de ta
PAMPULHA PEDRA DA LUA (para Toninho Horta ) Uma pedra caiu da lua rolando feito lágrima na rua a pedra lunar (de onde mais pode vir-nos o espanto ?) uma pedra caiu da lua sobre a arquitetura do choro no meio da rua, uma solidão igual à daquela pedra logo coberta de mãos (a educação pela pedrada) ouço choro de mães pelo que as pedras aos filhos fazem, ouve-se algum riso e muito espanto na rua onde caiu o mineral lunar, mas a um cão uivando para a lua não se presta tanto tento uma pedra rolou da lua até onde um músico limpava as unhas e os poros do mundo, no meio da rua cantou-se a pedra noventa, sim, de tudo se faz canção: horto e horta, jardim ou cinzas: quem mais cantará a pedra da lua ? Poema e foto: Darlan M Cunha (Toninho Horta tem uma música com esse título. SITE OFICIAL: http://toninhohorta.blogspot.com
Rio Acima, MG Um copo de cólera contra a lavoura arcaica da existência seja o que se beba, e é por isso que ele preza que o total de sua vida esteja mal escrito, os caminhos e sub caminhos estejam mal delineados, números inexatos, nada de matemágica, melhor é a trágica petúnia de números com pernas menores do que o que dizem ser, enfim, baralhar o mundo, dar-lhe pancadas, que as pessoas são quase nada, e o melhor de tudo é por o boné lá onde não se possa apanhá-lo. Ou seja: o melhor é ir. Ir é o melhor remédio. Único. Texto e foto: DMC
DA CÓLICA SOBRE A GRAMA, AO DESCANSO PELA MÚSICA Que seja assim a flora deste jardim a ser visto como se a tristeza não fosse um corte na realidade - nas outras realidades que seja então assim a raiz dessa fala que pouco se cala e arranca do Outro complementos para, talvez, sanar o desespero já tornado seio, lei e que fique assim o carmim deste convívio solar e de breu, ora um, ora outro, fora disso tudo é muito pouco, portanto fiquemos assim: um olhando o outro, vendo no outro a sua desdita de viver sem o outro. Foto e texto: Darlan M Cunha
AH... É assim que o amor chega: devagar, vai moldando os ares sem que a gente perceba, vai construindo os alicerces, pondo os tijolos, a argamassa, pintando de várias cores as paredes, sim, ali está o violão, para os momentos de lazer e também para um momento de melancolia, creia: é assim que o amor chega: sem pedir licença, assenta-se, come e bebe, e nem pense que ele vai embora. Nunca. TEXTO & FOTO: DARLAN  *** Estes são a minha amiga e o meu amigo Priscila e Sandro, recém-casados, moram no bairro Olhos d'Água, em BH. Estive na casa deles, ontem.Um tesouro de educação.
POIS A MEMÓRIA É INEXPLICÁVEL (Virgína Woolf. Orlando) AVAL Abre a chave, dali a pronúncia virá, o fixo olhar da ternura (essa mulher não existe) fugidia, roazes sempre os estigmas, o pasmo requerendo cegueira acurada ? Uma vez escorados os ombros na incerteza dos trilhos cotidiáfanos, resta mais que esperar que o sorriso suba pelo corrimão, que suas maneiras abauladas venham pelas mãos pegar-te à altura mesma do sexo (essa mulher não existe), do além-lá do crível. Nada. DMC Imagem: Mercado Municipal Anerindo Miranda. Janaúba. MG, Brasil
AH, ESTA grave patologia que se chama Bibliofilia ! ( DMC ) Visite a BIENAL DO LIVRO , em Belo Horizonte, de 15 a 25 de maio. ***** ESBOÇOS & RUÍDOS Falando só o necessário silêncio, respondi a todas as questões, fiz esboços e rascunhei mais desenhos do que vi e do que não pude ver, amando que as águas invadissem tudo, quando choveu mais do que previram os meus rancorosos senhores, minhas ardorosas senhoras. (DMC) ***** LEIA-ME AQUI / READ ME HERE: Novamente fui honrado com a publicação de um texto meu na prestigiosa revista (online) portuguesa MINGUANTE, dedicada à literatura e à fotografia, em especial. Esta é uma publicação aberta à participação de qualquer pessoa dos países de língua portuguesa. AQUI: minguante.com/?num=10&textos=darlan_cunha ***** GENTE BOA, A partir de 14 de maio de 2008, a convite do seu Idealizador, Sr. JB VIDAL, faço parte do excelente Sítio denominado PALAVREIROS DA HORA, o que muito me alegra. AQUI: palavrastodaspalavras.wordpress.c