O escritor anônimo - Budapeste, Hungria
MÁDIDO
Os parques de
diversões e as praças estão cheios não só de desocupados e de vítimas da síndrome
do pânico e de várias outras síndromes, bem como de pais divorciados, luzes
apagadas, problemáticos, mães e pais distanciados uns dos outros levam suas
crianças ao parque, brigando na justiça, seus gritos não são bem ouvidos pela
vizinhança em geral, uma que outra mão lhes deseja bom o dia, enquanto as
crianças estão aqui e ali, esperando com quem ficar, a quem pertencerão no
próximo fim-de-semana, sob que teto serão enfiadas, mordendo o capim da
inocência, os fios primeiros de sua teia, comendo o veneno de um bolo preparado
a dois. Assim é como se prepara o incerto futuro da sociedade. Percebendo que corre
perigo, mesmo com tantas vertentes, tantos caminhos, o futuro não sabe que drogas
injetar no cotidiano, de quanta vigília a mais necessitará para torná-lo dependente
e irradiador irreversível, que idílios traficar para aliciar a geração já
correndo nos parques e praças, entre peças de um teatro só dramas.
Texto: Darlan M Cunha
Imagem: tripadvisor
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