NOTÍCIA
Vivendo sempre com o rabo entre as pernas, sempre te
observando, prenhes de muros de lamentações, e babas de rancores múltiplos,
eles e elas vivem pendurados à sua mesmice de terra seca, embasados em boa parte
pela cobertura de seus satélites, reagem à primeira profanação, sempre a
priori, ardem ou labutam em silêncio, que o silêncio lhes é de ouro,
candelabros de sete e nove pontas, de gold ou gulden é o silêncio, die gedanken
sind frei, e alguém aqui ao meu lado lembra-se da canção cubana "los muertos de mi felicidad", e lá
vão elas e eles pela estrada de areias que reclamam para si, visto que
misturadas à poalha de ossos de pretensos antepassados, yes, è vero, sempre com
as pernas sobre o rabo é como se mostram no metrô e na tela - pelo salutar de certa ortodoxia,
sempre observando as tuas íris marcadas, porque marcar o gado pelas digitais é
caso passado; precisa-se então e sempre de novas defesas, de novos truques à base das
lamentações, muros & labirintos ferazes e ferozes, porquanto é preciso
estar atento e forte, sem tempo para baixar guarda nenhuma, ossos e destrossos
do ofício de tudo e de todos desconfiar, sobre tudo e todos procurar e cravar
parâmetros, história e estória no mesmo parto e no mesmo prato, eis o acampamento deserto, os túneis
abarrotados de barras de gold, sobrenomes fortuitos, sempre com as antenas
entre os punhos os/as de uma terra que se quer santa. Sempre a priori, lutam contra os mortos alheios.
Foto e texto: DMC
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